Furações são as tempestades mais fortes da Terra. Também são chamados de ciclones na região leste da Ásia, ou de tufões na região do Oceano Índico. No entanto, o nome científico para o fenômeno é ciclone tropical, independente de onde são formados.
Os furacões são formados em águas quentes, acima de 27°C, próximo da linha do equador. Essas águas formam ar úmido e quente próximo da superfície do oceano, e então se movimentam para cima, gerando uma região de baixa pressão atmosférica na superfície do oceano.
Assim, o ar mais seco e frio, das regiões de alta pressão atmosférica, se movimentam em direção à superfície do oceano, tentando equilibrar a pressão atmosférica. No entanto, ao chegar na superfície, esse novo ar também se aquece, e assim, volta a subir para a atmosfera. O processo se repete de forma contínua, gerando e acumulando nuvens do ar úmido que sobe.
Ao se formar nuvens, outro fator entra na equação dos ciclones tropicais: os ventos. Os ventos movimentam as nuvens da atmosfera, rotacionando-as em sentido horizontal.
A Terra gira de oeste para leste, causando um movimento chamado de efeito de Coriolis. Por causa desse efeito, as tempestades que acontecem no Hemisfério Norte giram em sentido anti-horário, enquanto tempestades no Hemisfério Sul giram em sentido horário.
Com todos os fatores de formação de furações reunidos, o sistema começa a girar cada vez mais rápido, formando o olho do furacão no seu centro. Dentro do olho, é relativamente calmo com o ar de baixa pressão subindo. O ar de alta pressão em torno do olho continua descendo.
Escala de ventos de furacões Saffir-Simpson
Quando os ventos alcançam 60 km/h na sua rotação, a tempestade é chamada de tempestade tropical. Acima de 119 km/h é oficialmente chamada de ciclone tropical ou furacão, estando essa velocidade na categoria 1 de furacões da escala Saffir-Simpson.
O furacão perde a força e se dissipa em pouco tempo quando atinge a terra e cidades costeiras. O sistema que forma o furacão deixa de acontecer, pois não há mais contato direto com a superfície do oceano e suas águas quentes.
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Apesar disso, os ciclones tropicais chegam com bastante violência em terra, causando estragos com chuvas intensas e ventos fortes. Como consequência, há formação de enchentes e grandes marés de tempestade, chamadas de ressaca. Os furacões podem entrar por quilômetros no continente até se dissiparem.
Outras categorias da escala Saffir-Simpson incluem os ciclones tropicais com ventos de 154 km/h até mais de 250 km/h, onde casas e cidades podem ser completamente destruídas.
Frequência na formação de furacões
Os furacões no Oceano Atlântico acontecem por volta de agosto ao fim de outubro. É estimado que cerca de 6 furacões se formam por ano. Os ciclones do Oceano Índico acontecem entre de abril e dezembro, dependendo das estações chuvosas.
Os ciclones tropicais que se formam no Oceano Pacífico podem ser os mais violentos, devido ao maior espaço para aumentarem até atingir o continente. Um exemplo é o furacão Patrícia, que atingiu a Guatemala em 2015, com ventos de 346 km/h.
As mudanças climáticas podem aumentar a frequência e a intensidade de furacões. Em 2018, por exemplo, 22 furacões se formaram no Oceano Atlântico, bem acima da média anual. O aumento da temperatura do mar é um importante fator para a formação de ciclones tropicais.
Em países com risco de ciclones tropicais, institutos meteorológicos monitoram tempestades nos oceanos de forma contínua. Dessa forma, conseguem realizar previsões de tempo precisas, alertando cidades quando devem se preparar para chegadas de furacões.
Com informações de National Geographic e NASA.