No fim de julho um graneleiro atingiu um recife de coral na costa das Ilhas Maurício, um país localizado na África Oriental. O acidente pode causar um desastre ambiental gigantesco, caso o navio que transporta diesel, óleo combustível e lubrificante afunde completamente. Mas, o enorme derramamento de óleo no Oceano Índico já é visível do espaço.
O navio MV Wakashio, pertencente a uma empresa japonesa, bateu em um recife de corais na costa sudeste do país, no dia 25 de julho. Depois, uma rachadura apareceu no seu casco, indicando que o navio está em perigo. Aliás, a carga era transportada da China para o Brasil.
Derramamento de óleo no Oceano Índico atingiu área turística
O navio transporta nada menos do que 4.290 toneladas de óleo combustível com baixo teor de enxofre, 228 toneladas de diesel e mais 99 toneladas de óleo lubrificante. O acidente aconteceu cerca de 3,2 quilômetros da costa das Ilhas Maurício. Assim, logo que o navio encalhou a tripulação foi removida com segurança.
“Esta é a primeira vez que enfrentamos uma catástrofe desse tipo e não estamos suficientemente equipados para lidar com esse problema”, comentou o ministro da Pesca de Maurício, Sudheer Maudhoo, em entrevista ao The New York Times.
Desse modo, começaram a ser feitos esforços para estabilizar o navio e bombear o olho, o problema é que o tempo não ajudou. Ondas fortes do oceano prejudicaram o trabalho. Foi assim que o óleo começou a jorrar diretamente de uma rachadura no casco do navio, atingindo em cheio as águas azuis que atraem turistas do mundo inteiro.
O derramamento de óleo no Oceano Índico aconteceu justamente em uma área protegida por um tratado internacional para a conservação e uso sustentável das zonas úmidas. Além disso, a região chamada Pointe d’Esny fica próxima de Blue Bay Marine Park, um dos destinos turísticos mais buscados do país.
Imagens do desastre já são feitas por satélites
Imagens do enorme derramamento de óleo no Oceano Índico foram capturadas por satélites operados pela Maxar Technologies. Conforme a Nagashiki Shipping, empresa proprietária do navio, os trabalhos foram suspensos devido às más condições apresentadas na região.
“A Nagashiki Shipping leva suas responsabilidades ambientais muito a sério e, com as agências e contratadas parceiras, fará todos os esforços para proteger o meio ambiente marinho e evitar mais poluição”, disse a empresa por meio de um comunicado. Por mais que pertença a uma empresa japonesa, o MV Wakashio carrega a bandeira do Panamá.
Diferentes grupos estão tentando impedir que o navio afunde, como a Guarda Costeira Nacional das Maurícias. O Greenpeace África lançou um comunicado dizendo que “é provavelmente uma das crises ecológicas mais terríveis já vistas no pequeno país insular”.
Com informações de Live Science.