O oxigênio é o motor da vida na Terra. Esse gás está presente em 21% da atmosfera do planeta. Além das árvores, pequenos organismos no oceano, chamados de fitoplanctons, realizam fotossíntese, processo que utiliza a luz do sol e o gás carbônico para produzir energia e oxigênio.
O fitoplâncton é responsável por liberar até 50% do oxigênio que respiramos. Além dele, plantas e algas marinhas também contribuem no processo fotossintético.
Quem são os fitoplanctons?
Fitoplanctons são organismos microscópicos, pequenas algas ou procariontes, que vivem na superfície dos oceanos e lagos. Apresentam diferentes tipos de formas, como arredondadas, alongadas e até com espinhos. Eles também possuem diversas cores, como verdes, azuis e vermelhas, resultante dos pigmentos fotossintetizantes nas suas células. Alguns até mesmo brilham no escuro, fenômeno chamado de bioluminescência.
Apesar de serem muito pequenos, existe uma enorme quantidade deles vivendo no oceano. Uma gota de água do mar pode conter milhares de fitoplanctons, por exemplo. Dessa forma, podemos imaginar como esses seres microscópicos podem até superar a produção de oxigênio de árvores.
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Além disso, o fitoplâncton chegou primeiro no planeta Terra. O fóssil mais antigo de uma árvore na terra é de 470 milhões de anos atrás. No entanto, a produção de oxigênio começou há bilhões de anos antes das árvores. O responsável pela produção de oxigênio antiga, e consequência mudança na composição da atmosfera do planeta, foi um microscópico organismo chamado de cianobactéria. O fóssil mais antigo de uma cianobactéria é datado em 3,5 bilhões de anos atrás. Assim, podemos dizer que as árvores evoluíram a partir desses microrganismos.
Como se não bastasse a produção em massa de oxigênio, os fitoplanctons também são importantes para manter o ecossistema dos oceanos. Eles servem como base da cadeia alimentar marinha. Muitos animais se alimentam desses microrganismos, como águas-vivas, baleias, camarões e pequenos peixes.
Fitoplanctons também podem ser prejudiciais
Os fitoplanctons também podem causar danos ao ambiente e para os humanos.
Se houver uma quantidade exagerada de nutrientes na água, como resultado de despejo humano, o fitoplâncton consegue se reproduzir de uma forma muito rápida. Dessa forma, aumenta sua população além do que pode ser controlada naturalmente, fenômeno chamado de floração ou bloom algal.
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Algumas espécies de fitoplanctons podem liberar toxinas, e, durante a floração algal, essas toxinas em grandes quantidades se tornam prejudiciais, ou até mortais, em animais marinhos e humanos.
Dessa forma, os fitoplanctons precisam de um ecossistema equilibrado para continuar fornecendo oxigênio para a Terra de forma saudável. Nós dependemos deles para continuar respirando.