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Cosmos

Nosso Sistema Solar é um dos mais raros no universo

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Antes de 1992, quando os astrônomos descobriram os primeiros exoplanetas, acreditava-se que o nosso Sistema Solar teria similares espalhados pelo universo. Hoje, já conhecemos mais de 5 mil exoplanetas, que orbitam pouco menos de 4 mil estrelas.

Apenas 850 dessas estrelas têm pelo menos dois planetas orbitando-as. Isso significa que há pelo menos 850 sistemas multiplanetários por aí, e a maioria deles não se parece com o nosso, segundo um novo estudo.

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Os cientistas do estudo classificam os sistemas em quatro categorias. O Sistema Solar onde nos encontramos caracteriza-se no grupo dos Ordenados, que é o mais raro dos quatro.

As outras classificações são de Similares, Anti-Ordenados e Mistos.

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Os pesquisadores são do Centro Nacional de Competência em Pesquisa de PlanetaS (NCCR PlanetaS) e das Universidades de Genebra e Berna, na Suíça.

As quatro categorias de sistemas planetários

Em sistemas planetários Ordenados, como o nosso, a massa dos planetas geralmente aumenta à medida que eles ficam mais distantes do Sol. Temos quatro planetas pequenos próximos ao Sol, e quatro grandes planetas mais longe. Os pesquisadores concluíram que essa categoria é a mais rara dentre as quatro que foram identificadas, e ela inclui o nosso próprio Sistema Solar.

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Em contrapartida, nos sistemas Anti-Ordenados a massa dos planetas em geral se reduz com o aumento da distância da estrela orbitada.

Em sistemas Mistos, a massa dos planetas varia de um para o outro, independente da distância e sem ordem crescente ou decrescente.

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Por fim, nos sistemas Similares, os planetas possuem massas similares, como indica o nome. Um exemplo desse tipo de sistema é o TRAPPIST-1, com os seus sete planetas conhecidos, todos similares à Terra em tamanho e massa.

Os cientistas também concluíram que os sistemas Similares são os mais comuns dentre os quatro.

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Qual a origem de cada Sistema Solar?

Os astrônomos ainda não têm certeza do motivo por trás dessas variações nos sistemas. Contudo, eles consideram dois fatores possíveis. Um deles seriam as massas de gás e poeira nos discos protoplanetários dos quais os sistemas planetários se formam.

O outro é a abundância de elementos pesados – oxigênio, carbono, ferro, etc. – nas próprias estrelas. Dos discos pequenos e de baixa massa, com poucos elementos pesados, surgiriam os sistemas Similares. Já dos discos grandes e com muitos elementos pesados viriam os sistemas Ordenados e Anti-Ordenados. Os sistemas Mistos, por fim, viriam dos discos de tamanho médio.

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Com a descoberta, se esses resultados persistirem com o tempo, os cientistas agora poderão aplicar as categorias em outros sistemas conhecidos, assim como nos que ainda serão descobertos. Além disso, outro aspecto interessante da nova técnica é que ela auxilia na análise das condições iniciais de formação estelar e planetária.

O artigo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

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