Mitologia grega

Adriana Tinoco

Os gregos deixaram à humanidade grandes contribuições em quase todas as áreas do conhecimento, tais quais filosofia, artes, esportes e arquitetura. No entanto, a herança grega traz também contos fascinantes. Os chamados mitos gregos eram uma tentativa de explicar a vida e fenômenos naturais.

Em geral, os deuses ocupavam os papéis principais na maior parte dos contos da mitologia grega. As disputas entre mortais e divindades ou seres fantásticos também era assunto recorrente. Vale destacar ainda, o que chamamos de mitologia hoje, era religião na época. Grande parte da mitos gregos sobreviveram através das obras de Homero e Hesíodo. 

O que é mitologia grega?

O termo “mitologia grega” abrange todo o conjunto de mitos relacionados à tradição grega, apresentados por meio de evidências literárias existentes. Dessa forma, a mitologia grega é definida como a narração de histórias míticas criadas pelos gregos e relacionadas com seus deuses e heróis, às práticas rituais de seu culto, e também a maneira como tal sociedade percebe o mundo à sua volta.

Esses mitos foram a princípio disseminados através da oralidade, posteriormente, no entanto,  chegaram  por meio da produção literária grega. Muitos pesquisadores modernos estudaram os mitos gregos, pois a compreensão de seus simbolismos, é uma forma de compreender as instituições religiosas e políticas, e a cultura grega em geral.

Quando a mitologia grega teve início?

Não há como determinar de forma exata quando a  Mitologia Grega começou, isso porque acredita-se que tenha se originado, como já destacamos anteriormente, na tradição oral. É provável que os mitos gregos tenham evoluído a partir de histórias contadas e se proliferando entre 3000 a 1100 a.C.

História da mitologia grega

Os primeiros gregos, que eram populações agrícolas, atribuíam um espírito a cada fenômeno da natureza. Com o tempo, esses espíritos vagos se transformaram em deuses, com forma humana, acompanhando a própria evolução da sociedade grega. 

À medida que os gregos se voltavam para a ampliação de seu território, surgiu um novo panteão, baseado na  força, bravura e heroísmo em batalha. As antigas divindades do mundo agrícola foram assimiladas a novos e mais poderosos deuses ou completamente desacreditadas.

O que os mitos podem dizer sobre a sociedade grega

Estudiosos modernos utilizaram os mitos gregos como simbolismos para teorias contemporâneas, como a teoria do complexo de Édipo, formulada pelo psicanalista Sigmund Freud, baseado na tragédia de Sófocles (496–406 a.C.), Édipo Rei. 

Outros pesquisadores usam os mitos para melhor entender a sociedade grega. Por exemplo, como essa sociedade encarava a homossexualidade, já que em meados do período arcaico (entre 800 a.C. e 500 a.C), os gregos gradualmente começaram a projetar relações entre deuses e heróis. No final do século V a.C, acredita-se que alguns poetas atribuíram pelo menos um amante a cada grande deus, exceto Ares. Mitos já existentes, como o de Aquiles e Pátroclo, também aderiram a um padrão semelhante.

A adaptação das histórias mitológicas era um fenômeno comum, introduzido pela primeira vez pelos poetas alexandrinos, e continuou até a ascensão do Império Romano.

Cronologia da Mitologia grega

Cronos devora seu filho
Saturno devorando um filho. Imagem: Francisco de Goya

Com o advento da poesia épica veio o desenvolvimento de um conceito de cronologia mitológica. Embora as contradições nos mitos tornem a datação absoluta impossível, a história mitológica do mundo é dividida em 3 ou 4 períodos mais amplos:

  • A Idade dos Deuses ou Teogonia (nascimento dos Deuses): mitos sobre a origem do mundo, dos Deuses e da raça humana.
  • A Era dos Deuses e Homens: mitos de Interações entre Deuses, Semideuses e Mortais.
  • A era dos Heróis, onde a atividade divina é mais limitada e o foco maior passa a ser as façanhas dos homens. O último e maior dos mitos heróicos é o da Guerra de Tróia (considerado por muitos pesquisadores como um quarto período separado).

Quem criou a mitologia grega?

As histórias mitológicas gregas foram inicialmente moldadas através da tradição oral e poética, antes de serem difundidas na escrita através das obras da literatura grega. Portanto, não há um criador da mitologia grega, trata-se de uma obra conjunta e popular.

As fontes literárias mais antigas conhecidas são as duas epopeias, “A Ilíada” e “A Odisseia”, de Homero (século VIII a.C.), que são dedicadas aos acontecimentos da Guerra de Tróia e às aventuras de Odisseu que se seguiram.

As obras poéticas de Hesíodo (século VIII a.C.) também são consideradas uma fonte de informação, com sua “Teogonia” e “Os Trabalhos e Dias”, que tratam da concepção grega da criação do mundo, da sucessão dos governantes divinos e as origens da humanidade.

Diversos outros mitos também foram preservados em escritos de estudiosos e poetas do período helenístico e textos de escritores romanos, como como Plutarco e de Pausânias.

Os Deuses Gregos

Os gregos, desde os primórdios, tentaram explicar os fenômenos naturais criando histórias, desenvolvendo assim uma rica tradição mitológica. A maior parte desses mitos é centrada nos deuses.

Os deuses do Olimpo eram 12 – 6 entidades masculinas e 6 femininas – em geral, volúveis e temíveis.  Havia Zeus, Poseidon, Apolo, Hefesto, Ares, Hermes, Hera, Atena, Afrodite, Ártemis, Deméter e Héstia. Os deuses do Olimpo ganharam poder derrotando os Titãs na Batalha de Titãs. 

Na prática, os 12 deuses não eram adorados com a mesma intensidade, havia deuses grandes e outros, considerados menores, adorados localmente, dependendo da região. Por exemplo, Zeus, Poseidon e Hades eram os maiores deuses, enquanto Dionísio era um deus menor. 

Zeus

Segundo a teogonia grega, do Olimpo, Zeus governava deuses e homens. Filho de Cronos e Reia, na mitologia grega, ele era o deus dos céus e do relâmpago.

Diz a lenda que Cronos engoliu seus filhos, tentando evitar seu destino, já que seus pais, Gaia e Urano, haviam profetizado que um de seus descendentes reivindicaria seu poder. Zeus, após ser engolido, consegue libertar-se e também a seus irmãos, rompendo o corpo do pai. Assim, ele passa a liderar o Olimpo.

Zeus era casado com Hera, mas era conhecido por seus casos românticos, gerando vários descendentes, incluindo Atena, Apolo, Ártemis, Hermes, Perséfone, Dioniso, Perseu, Héracles (Hércules), Helena de Tróia, Minos e as Musas. Com Hera, gerou Ares, Hebe, Hefesto, Angelos, Ilítia e Éris.  

Zeus era o mais forte e mais importante de todos os seres mitológicos. No épico homérico da Ilíada, Zeus enviava raios contra seus inimigos. Seus outros emblemas eram a águia e o bode.

Hera

Na mitologia grega, Hera era a esposa e irmã de Zeus, pois também era filha de Cronos e Gaia. Ela era a deusa do casamento. Sempre com ciúmes do marido de Zeus por suas infidelidades, muitas vezes se vingou das amantes de Zeus.

Hera era frequentemente descrita ou retratada segurando um cetro como símbolo de dominação ou segurando uma romã – o símbolo da fertilidade – em suas mãos. Outros símbolos conhecidos de Hera eram o pavão, o cuco, que simbolizavam a chegada da primavera e várias flores e plantas que simbolizavam a bênção da natureza.

Poseidon

Na maioria dos mitos gregos, Poseidon é o deus das águas: o mar, rios, nascentes e água potável. Filho de Cronos e Réia, e irmão de Zeus, às vezes vivia no Olimpo, mas às vezes morava em seu palácio nas profundezas do mar, junto com sua esposa, a Nereida (ninfa do mar) Anfitrite. Poseidon era o pai de Teseu, mas também de Procrustes e Skiron e vários gigantes.

Poseidon viajava pelos mares com sua carruagem dourada; as ondas se abriram em sua passagem, peixes e outros seres marinhos brincavam ao seu redor. Com seu tridente, ele poderia criar tempestades ou acalmar as águas.

Poseidon era o protetor dos marinheiros e pescadores. Ele também foi considerado responsável por fenômenos geológicos como terremotos. Por isso, ofereciam-lhe sacrifícios e invocações pela estabilidade da terra, ao mesmo tempo que era homenageado com corridas de cavalos. Seus símbolos eram o tridente, o peixe – geralmente o atum – e, mais raramente, o cavalo ou o touro.

Deméter

Deméter era a divindade da agricultura, mas também da vegetação livre, do solo e de sua fertilidade, cuja consequência seria ser considerada também a protetora do casamento e da maternidade. Deméter era filha de Cronos e Réia.

Demeter é uma deusa de duas faces, uma benevolente, outra vingativa. Quando sua filha, Perséfone é raptada por Hades, ela deixou o Olimpo e começou a vagar de preto entre as pessoas, à procura da jovem. Sua juventude e beleza são substituídas por cabelos grisalhos e luto. Além disso, as colheitas minguam e a humanidade por pouco não é extinta, se não fosse por Zeus, que obriga Hades a devolver Perséfone a sua mãe.

Ares

Ares era o deus grego da guerra, filho de Zeus e Hera. Nos mitos, Ares aparece como um ser belicoso e provocador, representando a natureza impulsiva da guerra. Os gregos eram ambivalentes em relação a Ares: embora possuísse a destreza natural necessária para o sucesso na guerra, era considerado uma força perigosa.

Esmagador, insaciável em batalha, destrutivo e carniceiro – todos adjetivos que descrevem perfeitamente o deus. Na Ilíada de Homero, Zeus diz que ele é o deus mais odiado. Além disso, seu valor como deus da guerra estava em dúvida: durante a Guerra de Tróia, Ares estava do lado dos perdedores, enquanto Atena, muitas vezes retratada na arte grega como a portadora da Vitória, favorecia os gregos triunfantes.

Ares desempenha um papel relativamente limitado na mitologia grega, conforme representado na narrativa literária, embora seus muitos casos de amor e descendentes abundantes sejam mencionados. Ele é conhecido como o amante de Afrodite, a deusa do amor.

Hefesto

Na mitologia grega, Hefesto era o deus do fogo, incluindo todas as suas formas, como a chama, vulcões, etc, e de qualquer processo ou arte realizado com ele, como a metalurgia. A atuação do deus também chegava à chama interior, a inspiração criativa.

De acordo com a Ilíada de Homero, ele era filho de Zeus e Hera. No entanto, Hesíodo, em Teogonia, o apresenta não como resultado da briga entre Zeus e Hera, nascido de Hera através de partenogênese, ou seja, sem fecundação.

Hefesto é o mais jovem dos deuses. De acordo com as descrições gerais, ele possui uma má aparência e é deformado, tanto que sua própria mãe, Hera, o expulsou do Olimpo por vergonha.

O bebê caiu no mar, onde foi recolhido por Tétis e Eurínome, que o criaram por nove anos. Assim que cresceu, o deus imediatamente montou sua primeira ferraria no fundo do mar Egeu, forjando magníficos objetos para essas duas divindades.

Dionísio

Dionísio é tido como uma divindade menor dentro da mitologia grega, mas que possui grande importância,  pois sua adoração influenciou significativamente os eventos religiosos da Grécia. Já a partir de 6 a.C. ele passou a ser representado junto aos outros deuses no Olimpo. 

Dionísio era descrito como  um eterno adolescente. Ele era o deus do vinho, das festas, da alegria e também do teatro.

Apolo

Apolo é irmão de Ártemis e considerado o mais importante deus, depois de Zeus. Não temos indicações claras de sua origem, mas, a opinião predominante dos estudiosos é que seu culto entrou na Grécia através do Oriente. 

O mito grego mais comum sobre seu nascimento afirma que ocorreu na ilha de Ortigia,  hoje Delos, sendo filho de Leto, amante de Zeus. Por ordens de Hera, nenhum lugar a aceitou para dar à luz, exceto Ortigia. Era uma ilha que até então navegava livre nas ondas e, por isso, não era detectada por Hera.

Mais tarde, Zeus estabilizou a ilha para que Apolo nascesse. As dores do parto duraram nove dias e nove noites. Ártemis nasceu primeiro e depois veio Apolo. 

Artemis

Ártemis é um dos deuses mais antigos da Grécia. Filha de Zeus e Leto, irmã gêmea de Apolo, é a deusa da caça, protetora das crianças, das florestas e dos animais. Ártemis, junto com Héstia e Atena, eram as únicas deusas sobre as quais Afrodite não tinha poder. 

Desde as primeiras horas de seu nascimento, Artemis demonstrou coragem e liderança. Embora recém-nascida, ela ajudou sua mãe exausta a dar à luz seu segundo filho, Apolo, e assim se tornou a deusa do parto. A partir dos três anos de idade, já tinha a caça como seu passatempo favorito. Era uma criança decidida e inflexível. Zeus nutria muito amor por ela, satisfazendo todos os seus desejos.

Uma das primeiras coisas que Ártemis pediu como presente de seu pai foi a pureza e a virgindade eternas. Dedicada à caça e à natureza, era indiferente às alegrias do casamento e aos prazeres do amor. 

Ártemis era uma deusa implacável que quase nunca perdoava. Suas flechas mortais constantemente visavam mortais, deuses e heróis que ignoraram sua existência ou negligenciaram seus princípios e adoração. 

Afrodite

Venus de Botticelli
O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli. Imagem: Wikipédia

Afrodite é a deusa do amor, da beleza, da sexualidade, do prazer e da procriação. Tal como acontece com muitas divindades gregas, há mais de um mito sobre sua origem. De acordo com a Teogonia de Hesíodo, ela nasceu quando Cronos cortou os órgãos genitais de seu pai, Urano, e os jogou no mar. De acordo com a Ilíada de Homero, no entanto, ela é filha de Zeus e Dione, deusa das ninfas. 

Por causa de sua beleza, outros deuses competiam por suas atenções e até guerreavam. Zeus, portanto, arranjou seu casamento com Hefesto. Afrodite, no entanto, teve muitos amantes, entre deuses e mortais. Afrodite desempenhou é considerada a mãe de muitas divindades e outras entidades. 

Graças à lenda de seu surgimento do mar, Afrodite era amplamente adorada como a protetora dos marinheiros. Devido à sua conexão com o deus Ares, ela foi adorada como uma divindade de guerra em Esparta.

Atena

Atena era a deusa da sabedoria, estratégia e guerra. Ela muitas vezes ajudava os heróis e sempre foi representada  armada. Ela nunca teve um parceiro ou amante, embora certa vez Hefesto tenha tentado sem sucesso. Atena era a filha mais amada de Zeus.

O nascimento de Atena é bastante peculiar. Foi profetizado que Métis, primeira esposa de Zeus,  geraria uma criança que o derrubaria do trono. Zeus, então, a engoliu, mas Métis já estava grávida em Atena.

Mais tarde, Zeus começou a sofrer de dores de cabeça e pediu ajuda a Hefesto que, com um grande martelo, atingiu a cabeça do todo poderosos deus. Assim, Atena saiu do ferimento, trajando armadura e carregando seu escudo.

Hermes

Hermes era o mensageiro dos deuses. Ele também levava as almas dos mortos até Hades. Além disso, era protetor dos ladrões, dos jogos de azar e do comércio. De acordo com a versão mais aceita do mito, o pai de Hermes era Zeus e sua mãe era Maia, uma das Plêiades, as sete filhas de Atlas e Pleione

Hermes foi considerado essencialmente o primeiro professor da raça humana. Ele ensinou a escrita e as ciências à humanidade; existem mitos que atribuem a ele a transmissão do conhecimento do fogo às pessoas.

Hermes representa a velocidade, a flexibilidade, a variabilidade, mas tem um lado sombrio, que representa os caminhos enganosos que a mente às vezes segue, afinal  é também é excepcional em fraude, mentira e roubo.

Outros deuses

Além dos 12 deuses mais famosos, haviam outros que habitavam o Monte Olimpo

  • Hécate: Deusa da magia. Ele ajudou Deméter a encontrar sua filha. Os gregos acreditavam que quando os cães latiam à noite, era porque Hécate passava entre eles.
  • Éolo: Deus dos ventos.
  • Themis: Deusa da justiça. Ela era filha de Gaia e Urano, e foi a segunda esposa de Zeus. A deusa é sempre retratada com os olhos vendados, segurando uma espada na mão esquerda e uma balança na direita.
  • Éris: Deusa do ciúme e da discórdia.
  • Nêmesis: Deusa da Justiça, representa o Julgamento Divino. Ela manteve os assuntos humanos em equilíbrio, estabelecendo limites e impondo punições.
  • Nyx: deusa da noite. Nyx era uma entidade primordial, respeitada e temida até pelo próprio Zeus.

Onde viviam os deuses gregos

Segundo os mitos gregos, os deuses habitavam o Monte Olimpo (montanha na região de Chipre), em seus palácios. O Panteão – hoje Mytikas – era o ponto de encontro das divindades, enquanto o trono de Zeus ficava na região que hoje se encontra Stefani.

O Monte Olimpo é a segunda montanha mais alta dos Balcãs e domina as fronteiras da Macedônia e da Tessália com altos picos e ravinas profundas. Em 1938 foi declarado Parque Nacional.

Outras divindades da Mitologia Grega

Além dos deuses, a mitologia grega inclui muitas outras entidades.

Ninfas

As Ninfas eram figuras femininas de origem divina, jovens em aparência, vivendo em estado selvagem, vagando pelas montanhas, acompanhando Ártemis brincando com ela. Todas eram belas. De acordo com a tradição grega, havia 3 tipos de ninfas:

  1. Náiades, as ninfas de rios, nascentes e fontes, que são as mais famosas e das quais derivam os contos sobre as Fadas.
  2. Oréades, são as ninfas que viviam nas montanhas, ao redor das nascentes.
  3. Dríades, as ninfas de árvores e prados.

Semideuses

Na mitologia grega, era comum que os deuses tivessem muitas amantes, algumas inclusive humanas. Dessa maneira, nasciam os semideuses, meio humanos, meio deuses. Eles possuíam grande força física e agilidade, mas, ainda assim, eram mortais. Em geral, os semideuses se tornam heróis. Héracles, Aquiles e Perseu são alguns dos mais famosos.

Criaturas míticas

As criaturas da mitologia grega foram criadas inteiramente pela desenfreada imaginação humana, e geralmente combinam elementos realistas de diferentes criaturas existentes. Geralmente aparecem em papéis coadjuvantes, mas costumam roubar o show e são algumas das figuras mais conhecidas da mitologia grega.

Minotauro

Minotauro nasceu quando Poseidon decidiu se vingar do semideus Minos por seu desrespeito por não lhe sacrificar um belo touro branco. O deus fez a esposa de Minos, Pasífae, copular com um touro e assim nasceu essa criança terrível, um homem com cabeça de touro.

Minotauro passou toda a sua vida preso no Labirinto do Palácio de Cnossos, construído por Minos, devorando 7 rapazes e 7 moças de Atenas todos os anos, até Teseu o exterminar.

Centauro

Centauros eram criaturas cujo corpo tinha a parte superior de um homem e parte inferior de um cavalo. Eles viviam em florestas, em bandos e possuíam grande força física.  

Sereias

As sereias eram em forma de pássaro com uma cabeça feminina. Essas criaturas viviam à beira-mar e possuíam uma voz belíssima, que usavam para seduzir marinheiros e devorá-los. 

Medusa

Medusa tinha cobras na cabeça, em vez de cabelos, e transformava em pedra qualquer um que olhasse para ela. 

Cila

Cila era uma bela ninfa desejada por Poseidon. Com ciúmes, sua esposa Anfitrite transformou-a em um monstro, envenenando a água em que a ninfa se banhava. Cila passou a ter corpo de peixe, um torso de mulher  e cabeças de cachorro saindo de seu peito.

Hidra de Lerna

Hidra de Lerna era um monstro aquático com características de réptil e muitas cabeças de cobra. Quando uma cabeça era cortada,  outra imediatamente nascia em seu lugar. 

Pégaso

Pégaso era um cavalo alado, filho de Poseidon e Medusa. Quando certa vez desceu a Corinto para beber água, foi capturado e domado pelo herói Belerofonte e juntos realizaram muitas façanhas, como o extermínio da Quimera.

Quimera

Quimera era uma criatura  com corpo de leão, uma cabeça também de leão e outra de caprino, e cauda que terminava em uma cabeça de cobra.

Cérbero 

Cérbero era o monstruoso cão de três cabeças, que guardava as portas do Submundo, permitindo a entrada das almas, mas nunca a saída.

Ciclopes

Ciclopes eram gigantes de um olho só, que costumavam trabalhar como ferreiros para Hefesto, ajudando na fabricação dos raios de Zeus. 

Titãs

Os Titãs eram descendentes de divindades primordiais. Os primeiros doze Titãs eram uma tribo de poderosos deuses gigantes. Mais tarde, os deuses do Olimpo, liderados por Zeus, se opuseram aos Titãs que derrotaram na famosa Batalha de Titãs.

A morte dos Deuses do Olímpio

Com a expansão do Cristianismo, as antigas crenças e rituais foram substituídos. Porém, independente disso, a religião grega antiga desempenhou um papel importante na Grécia. As civilizações antigas se desenvolveram muito por causa dos Deuses. As pessoas começaram a construir templos, estátuas e murais em homenagem a eles, alguns dos quais sobrevivem até hoje. Tudo isso compõe a identidade grega que se tornou famosa em todo o mundo.

Dessa forma, os deuses do Olimpo não foram destruídos realmente, mas o que era religião, se transformou em um conjunto de contos. 

A mitologia grega e a mitologia romana são a mesma coisa?

A relação entre Grécia e Roma é muito antiga. Há relatos de contatos entre as duas culturas datados de 12 a. C, fazendo com que muitos costumes se misturassem. Por isso, muitos deuses gregos possuem correspondentes romanos. 

Contudo, além dos nomes e alguns detalhes nas histórias, a maior diferença está em como os dois povos encaravam a religião. Os gregos eram centrados em suas crenças nos mitos, enquanto os romanos estavam mais voltados para a execução dos rituais.

Vale destacar também que os mitos  são um reflexo de como um povo interpreta o mundo a seu redor, portanto, apesar das semelhanças, Mitologia Grega e Mitologia Romana não são a mesma coisa. 

A mitologia grega no nosso cotidiano

A cultura grega ultrapassou as fronteiras dos países e também do tempo, de modo que, muitas vezes sem perceber, a estamos usando ou referenciando até os dias de hoje. 

A psicanálise, por exemplo, utilizou os mitos gregos para exemplificar comportamentos humanos e, assim, temos o Complexo de Édipo, o Complexo de Electra, entre outras teorias. No imaginário popular, o amor é simbolizado por uma criança com arco e flecha, tal qual Eros. 

Nosso vocabulário também possui palavras e expressões advindas da mitologia grega, como hipnose, que vem de Hipnos, deus do sono. A guerra de Tróia gerou muitas expressões: “cavalo de Tróia” para classificar algo como enganação, “presente de grego” para um presente indesejado e “agradar gregos e troianos” para algo que pode agradar a diferentes gostos. Outra expressão muito utilizada é “trabalho/ esforço hercúleo”, para que parece impossível de se realizar, em referencia aos 12 trabalhos de Hércules.  

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