Antiga guerreira ‘amazona’ não tinha mais que 13 anos, revela estudo

Milena Elísios
(Imagem: Vladimir Semyonov, MO Mashezerskaya)

Segundo a mitologia grega, uma tribo de mulheres guerreiras brutais e agressivas viveu na Ásia Central. Segundo Heródoto e Estrabão as guerreiras amazonas viviam nas margens rio Thermodon. Agora, pesquisadores acabam de revelar que um túmulo de um guerreiro descobertos há três décadas, pertencia a uma jovem guerreira ‘amazona’, com não mais que 13 anos.

Guerreira amazona
Estátua em Mármore “A Amazona Ferida” no Capitoline Museums, em Roma. (Créditos: Jean-Pol GRANDMONT)

Nos anos 80, pesquisadores encontraram o túmulo do que se acreditava ser um jovem guerreiro parcialmente mumificado na Sibéria.

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A múmia levou os pesquisadores ao fascínio pois estava em ótimo estado de preservação. Até mesmo uma ‘verruga’ era visível em seu rosto. Entretanto, naquela época os pesquisadores não encontraram evidências de que os restos mortais pertenciam a uma mulher.

Jovem guerreira amazona
Túmulo da criança amazona. (Imagem: Vladimir Semyonov)

A jovem guerreira amazona

Junto ao corpo foram encontrados um conjunto completo de armas: um machado, um arco de um metro e uma aljava com dez flechas, com 70 centímetros de comprimento.

Armas de uma jovem guerreira amazona
Flechas encontradas no túmulo. Das flechas achadas no local, duas eram de madeira, uma com ponta de osso e as pontas de flecha do restante eram de bronze. (Imagem: A.Yu. Makeeva)

No local não havia nenhum espelho, miçanga ou qualquer outro indicativo de que o túmulo de uma menina. Então os pesquisadores concluíram que os restos mortais eram de um menino com idade entre 12 e 13 anos. A confusão aconteceu porque os recursos tecnológicos disponíveis há trinta anos atrás eram muito limitados.

Agora, mais de trinta anos depois, uma análise de DNA mostrou que as armas foram dispostas no túmulo de uma pequena guerreira. Quem sabe uma jovem amazona, nascida e criada para a guerra, como descrito pelos gregos antigos? A datação de carbono mostrou que a menina viveu há 2.600 anos.

Machado de uma guerreira amazona
Dois machados de batalha encontrados no túmulo. (Imagem: A.Yu. Makeeva)

Uma conexão com o mito das Amazonas

As novas descobertas abrem um novo aspecto no estudo da história social da sociedade viveu naquela época e lugar e, involuntariamente nos devolve ao mito das Amazonas que sobreviveram graças ao historiador Heródoto e o médico grego Hipócrates

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Hipócrates conta ter observado mulheres guerreiras entre os sármatas, um grupo cita famoso por seu domínio da guerra montada.

“Suas mulheres, desde que fossem virgens, montavam, atiravam, jogavam o dardo enquanto montadas e lutavam com seus inimigos”, escreveu Hipócrates

O novo estudo foi publicado na revista Antropology, confira.

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