Supernova

Adriana Tinoco
Supernova 1987A. Imagem: ESO/L. Calçada

Uma supernova é uma explosão de intenso brilho. Trata-se da maior explosão que ocorre no espaço. Uma supernova ocorre quando o núcleo de uma estrela, por alguma razão, entra em colapso. Esse colapso pode ocorrer de duas maneiras diferentes, tendo como resultado uma supernova.

O primeiro tipo de supernova ocorre nos sistemas binários de estrelas. Estrelas binárias são duas estrelas que orbitam em um mesmo ponto. Quando uma das estrelas é uma anã branca, composta por carbono-oxigênio, esta rouba matéria de sua estrela companheira. Provavelmente, a anã branca acumula muita matéria. Possuir matéria em excesso faz com que a estrela exploda, resultando em uma supernova.

O segundo tipo de supernova acontece no final da vida de uma única estrela. À medida que o combustível nuclear da estrela vai se esgotando, parte de sua massa flui para o núcleo. Consequentemente, o núcleo vai ficando mais pesado e, em algum momento, o peso é tanto que a estrela não pode suportar sua própria força gravitacional. O núcleo entra em colapso, o que resulta na explosão gigante de uma supernova.

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Simulação animada da supernova 1987A. Imagem: NASA

Durante a explosão da supernova, por um curto período, há um efeito parecido com o surgimento de uma nova estrela, contudo, esse brilho desaparece aos poucos, em um espaço de tempo que pode variar entre semanas ou meses.

Em alguns casos, o brilho da supernova é  tão  intenso, que chega a ser cerca de 1 bilhão de vezes maior que sua luz original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, porém, como explicamos no parágrafo anterior, sua temperatura e brilho diminuem lentamente.

Por que os cientistas estudam supernovas

Uma supernova queima por um período de tempo relativamente curto, mas tem muito a dizer aos cientistas sobre o universo, pois a ocorrência de uma supernova demonstra que vivemos em um universo em expansão e constante transformação.

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Pesquisadores encontraram, no fundo do Oceano Pacífico, resquícios de uma possível supernova que ocorreu perto da Terra. Imagem: WikiImages/Pixabay

Além disso, estudiosos também determinaram que as supernovas desempenham um papel fundamental na distribuição de elementos por todo o universo. Afinal, quando uma estrela explode, ela lança elementos e detritos no espaço. Esses elementos viajam pelo universo e podem formar novas estrelas e até planetas.

Como as supernovas são estudadas

Os primeiros estudos sobre as supernovas foram realizados na década de 1930,  por Walter Baade e Fritz Zwicky no Observatório Mount Wilson, na Califórnia (EUA). Inclusive, os astrônomo foram os primeiros a utilizar o termo “supernova”.

Como as supernovas são eventos um tanto raros dentro de uma galáxia, e ocorrem cerca de três vezes por século na Via Láctea, a obtenção de uma boa amostra de supernovas para serem estudadas requer um acompanhamento regular. 

Supernovas em outras galáxias não podem ser previstas com exatidão, o que significa que, quando são descobertas, elas já estão em andamento. A maioria dos interesses científicos pelas de supernovas, como padrão para medir a distância, por exemplo, exigem uma observação de seu pico de luminosidade. Portanto, é importante descobrir-las bem antes que eles atinjam o seu máximo.

Atualmente, os cientistas da NASA utilizam diferentes tipos de telescópios para procurar e estudar supernovas. Alguns telescópios são usados para observar a luz visível da explosão; outros registram dados de raios X e raios gama que também são produzidos. Já o Telescópio Espacial Hubble da NASA e o Observatório de Raios-X Chandra capturam imagens de supernovas.

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