Linha do Equador

Elisson Amboni

A Linha do Equador é uma linha imaginária em torno do meio do planeta, ou de outro corpo celeste. Ela fica na metade do caminho entre o polo sul e o polo norte, a 0 grau de latitude. Assim, a Linha do Equador divide o planeta nos hemisférios norte e sul.

A Terra é mais “larga” na Linha do Equador; sua distância de circunferência, nessa região, é de 40.075 km.

O diâmetro também é maior, criando um fenômeno chamado “protuberância equatorial”. O diâmetro de um círculo é medido através de uma linha reta que passa pelo centro do círculo e possui seus pontos finais nas bordas do círculo. É possível, para os cientistas, calcular o diâmetro de diferentes latitudes, como a da Linha do Equador e do Círculo Polar Ártico.

O diâmetro da Terra na Linha do Equador é de cerca de 12.756 km. Nos polos, o diâmetro é em torno de 12.714 km. A protuberância equatorial da Terra é de cerca de 43 km.

A protuberância equatorial faz com que pessoas no nível do mar que estejam próximas aos polos fiquem mais próximas ao centro da Terra do que pessoas no nível do mar que estejam próximas ao equador. A protuberância equatorial afeta o oceano, também — os níveis do mar são um pouco mais altos nas regiões equatoriais do que próximos aos polos.

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A floresta amazônica se localiza próxima à Linha do Equador, e tem um clima quente e úmido, assim como grande biodiversidade. Imagem: Pexels

A protuberância equatorial é criada pela rotação terrestre. A medida que a latitude cresce em tamanho, um ponto específico precisa se mover mais rápido para completar um círculo (revolução) na mesma quantidade de tempo.

A velocidade rotacional, ou de giro, no Círculo Ártico é mais lenta do que o giro no Trópico de Câncer, porque a circunferência do Círculo Ártico é muito menor, e um ponto específico não precisa se mover tão longe para completar uma revolução.

O giro no Trópico de Câncer é muito menor que o da Linha do Equador. Próximo aos polos, a velocidade rotacional terrestre é quase 0. Na Linha do Equador, o giro tem de cerca de 1.670 km/h.

A atração gravitacional da Terra é um pouco mais fraca na região do equador, devido à protuberância equatorial. Isso torna essa área um local ideal para o lançamento de espaçonaves. Muita energia é necessária para se enviar um satélite ou foguete ao espaço, mas essa energia é reduzida em áreas de menor gravidade.

Bem como, também se reduz quando o giro terrestre já está dando um empurrão de 1.670 km/h ao satélite.

O clima na Linha do Equador

Duas vezes por ano, durante os equinócios de primavera e outono, o Sol passa diretamente acima da Linha do Equador. E mesmo durante o resto do ano, as regiões equatoriais possuem um clima quente, com pouca variação sazonal.

Por isso, muitas culturas equatoriais reconhecem apenas duas estações – úmida e seca. A úmida frequentemente dura a maior parte do ano. Essa estação chuvosa e quente cria as florestas tropicais. Algumas das maiores florestas tropicais do mundo se encontram nessas regiões, como a floresta amazônica, a floresta do Congo e a floresta tropical no sudeste asiático, indo da Índia ao Vietnã.

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A cordilheira dos Andes também se localiza numa região equatorial, mas tem um clima mais ameno e seco. Imagem: Pexels

Um clima úmido significa que as regiões equatoriais não são tão quentes assim, ainda que estejam mais próximas ao Sol.

Todavia, nem todas as regiões equatoriais são quentes e úmidas. O Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, fica a apenas 330 km da Linha do Equador, mas sua altitude cria um clima com tempo seco e frio, e até geleiras alpinas.

Muitas espécies vegetais e animais se proliferam nos climas equatoriais. A floresta amazônica e a do Congo, por exemplo, são extremamente ricas em biodiversidade. Um único hectare de floresta tropical no Brasil pode conter 750 espécies de árvores e duas vezes esse número de insetos.

A savana equatorial do Quênia contém mamíferos como leões, guepardos e elefantes. Enquanto isso, nos Andes, há as famosas espécies de camelídeos, como lhamas, alpacas, vicunhas e guanacos.

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