Os dinossauros costumam ser retratados sempre como um Tyrannosaurus rex. São cabeças imensas, braços magros e grandes mandíbulas abertas.
Como são animais extintos, qualquer representação é baseada em esqueletos fossilizados. Mas será que essas representações com base em ossos fossilizados são assim tão confiáveis?
Reinvenção de animais com base apenas em sua estrutura óssea
O ilustrador e paleoartista C. M. Kosemen, de Istambul, resolveu testar como seriam os animais com base apenas em sua estrutura óssea.
O artista contou ao DailyMail que teve essa ideia ao observar o raio-x de um crocodilo. Se ele é parente próximo do dinossauro, por que possue mais músculos, gordura e tecidos moles do que as reproduções do dinossauro?
Provavelmente, os primeiros ilustradores que representaram esses animais reproduziram com alguns erros que foram replicados ao longo dos últimos 40 anos.
Então, ele criou uma série de ilustrações como se os animais atuais estivessem extintos e sem inspiração viva.
Realmente, observamos que eles seriam retratados de forma errada e, muitas vezes, terríveis.
E era esse o objetivo do paleoartista: questionar o modo como os dinossauros são retratados na atualidade.
Apenas baseado em crânios de elefantes, não teríamos ideia de que ele, na verdade, tem uma tromba que funciona como um nariz preênsil semelhante a um tubo de 2 metros e nem que fosse tão grosso e enrugado.
Portanto, um grande problema é adivinhar a quantidade de tecido mole ao redor do osso.
Por esse motivo, as representações podem ser extremamente magras, como a reimaginação de um babuíno.
Desse modo, é fácil observar como os paleoartistas podem ter distorcido como dinossauros ou qualquer outro animal extinto foram em sua existência.
Distorções dessas reconstruções
Sob o mesmo ponto de vista, a maneira como os velociraptores foram reconstruídos por pesquisadores ao longo dos anos foi da forma tradicional em que dinossauros são retratados.
Por décadas, presumiu-se que essas criaturas da era cretácea eram parecidos com lagartos eretos, ágeis e furiosos.
No entanto, os paleontólogos agora acreditam que eles eram, na verdade, mais semelhantes a uma ave rapina terrestre com penas e plumagem colorida.
Outro grande engano de retratação animal ocorreu com o esqueleto de um rinoceronte-lanudo.
Ele foi desenterrado na cidade montanhosa de Quedlinburg, atual Alemanha, em meados de 1600.
No século 17, as pessoas não tinham conhecimento deste animal extinto da Idade do Gelo, com chifres grandes. Além disso, eles acreditavam em unicórnios.
Por isso, quando o esqueleto chamou a atenção do cientista prussiano Otto von Geuricke, ele viu o grande chifre único do esqueleto e achou que fosse um unicórnio. Por falta de boa parte dos ossos, sua reconstrução do “unicórnio” ficou incompleta.
Para saber mais sobre as reimaginações de C. M. Kosemen dos animais modernos, visite seu site.
Informações do IFL Science.