A bizarra descoberta de um relógio suíço em uma tumba da dinastia Ming

Wellington Reis

No ano de 2008, muitos meios de comunicação relataram que uma equipe de arqueólogos fez uma descoberta intrigante. As escavações contavam com a presença de arqueólogos e jornalistas, que estavam filmando um documentário sobre a abertura da tumba lacrada que data da dinastia Ming em Shangsi no sul da China. 

“Quando tentamos remover o solo em volta do caixão, de repente um pedaço de rocha caiu e atingiu o chão com um som metálico”, disse Jiang Yanyu, ex-curador do Museu da Região Autônoma de Guangxi. “Pegamos o objeto e descobrimos que era um anel. Depois de remover o solo de cobertura e examiná-lo ainda mais, ficamos chocados ao ver que era um relógio suíço.”

Os ponteiros do relógio mostravam que o tempo havia congelado às 10h06. Na parte de trás do relógio, constava a palavra Swiss (Suíça escrita em inglês), o qual só é usado nas últimas décadas.

O relógio de anel suíço fora do lugar e fora do tempo

O relógio é considerado um OOPArts (Artefatos fora do lugar), objetos que não são bem compreendidos no registro histórico, sendo considerados anômalos. Exemplos de OOPArts bem conhecidos são o mecanismo de Antikythera, o Maine Penny e as  Linhas de Nazca. Eles são objetos que desafiam a compreensão da história como as autoridades da academia as entendem.

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O relógio suíço de anel foi descoberto em um túmulo selado de 400 anos na China.

A primeira hipótese um pouco radical sobre o relógio é a de viajantes do tempo o terem deixado para trás em uma de suas viagens. Ela certamente não possui muitas evidências, mas é bastante atrativa, não? Apesar da primeira hipótese ser interessante, acredita-se a tumba não fosse tão “selada” quanto os arqueólogos chineses pensavam. Supõe-se que a tumba foi invadida anteriormente, apesar de não haver indícios de danos aos artefatos. Outra hipótese é a de um roedor, que poderia ter levado o ‘relógio suíço’ para a tumba.

O estranho mistério do minúsculo relógio suíço de metal permanece sem solução. Não há evidências claras para provar que é uma OOPArt definitiva, nem fatos suficientes para condená-la como uma mera farsa. O que é certo, no entanto, é que é uma história que inflama a imaginação.

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