Estas dez espécies de aves estão desaparecidas há décadas

Mateus Marchetto

Em um esforço global, cientistas, conservacionistas e observadores de pássaros estão colaborando para encontrar estas dez espécies perdidas de aves. Algumas delas não aparecem em uma foto ou registro oficial há mais de 150 anos.

Desde 2017, por conseguinte, a organização Re:wild tem se juntado a especialistas e cientistas da conservação para procurar por espécies perdidas. Desde então, mais de 2.000 espécies de animais entraram para a lista de ‘mais procuradas’. Muitas delas desapareceram dos registros há décadas e, ainda assim, não são consideradas extintas, como veremos mais à frente.

Agora, contudo, a Re:wild lançou a campanha The Search for Lost Birds, em parceria com a American Bird Conservancy (ABC), BirdLife International e o Laboratório Cornell de Ornitologia (responsável pela plataforma eBird). Com o auxílio também de figuras públicas, como Leonardo DiCaprio, as equipes agora buscam pelas seguintes espécies de aves desaparecidas:

  • Coruja Siau (Otus siaoensis), vista pela primeira e última vez em 1866, na Indonésia.
  • Codorniz dos Himalaias (Ophrysia superciliosa), apareceu pela última vez em 1877, na Índia.
  • Pomba fruta-verde da ilha de Negros (Ptilinopus arcanus), último registro em 1953, nas Filipinas.
  • Nightjar de Prigogine (Caprimulgus prigoginei), visto em 1955, na República Democrática do Congo.
  • Vilcabamba Brushfinch (Atlapetes terborghi), último registro m 1966, no Peru.
  • Bernieria tenebrosa (Xanthomixis tenebrosa), documentada em 1999, em Madagascar.
  • Kokako da Ilha Sul (Callaeas cinereus), apareceu pela última vez em 2007, na Nova Zelândia.
  • Corredor-do-godavari (Rhinoptilus bitorquatus), último avistamento em 2009, na Índia.
  • Pipa cubana (Chondrohierax wilsonii), vista em 2010, em Cuba.
  • Santa Marta Sabrewing (Campylopterus phainopeplus), registrado pela última vez em 2010, na Colômbia.
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Codorniz dos Himalaias. Imagem: William Foster / Wikipedia Commons

Espécies perdidas e espécies extintas

Apesar de algumas das espécies perdidas da lista terem sumido há mais de 100 anos, isso não necessariamente implica que elas estejam extintas. Isso porque há uma certa diferença entre perdido e extinto.

“Extinto quer dizer que não há dúvida considerável de que o último indivíduo de uma espécie morreu,” diz Roger Safford, do BirdLife International ao TreeHugger. “Perdido implica que há uma dúvida considerável, ou mesmo uma forte probabilidade, de que [a espécie] ainda está por aí. A evidência para isso pode ser hábitat ainda existente, procura inadequada, dificuldade na detecção ou registros não provados mas plausíveis.”

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Santa Marta Sabrewing. Imagem: John Gerrard Keulemans / Wikipedia Commons

Além disso, a procura pelas espécies perdidas é também uma forma de chamar a atenção do público e autoridades à perda de hábitats. Uma vez que uma dessas espécies apareça em registo, a conservação de suas florestas pode ficar muito mais plausível.

Apesar da escassez de dados sobre estas espécies, contudo, pesquisadores estão otimistas de que elas devem aparecer nas câmeras novamente em breve.

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