Conforme noticiamos há duas semanas, a NASA está rastreando a origem de um vazamento de ar na Estação Espacial Internacional.
Um pequeno vazamento de ar é considerado normal, mas a taxa aumentou e os controladores da missão mostraram um maior empenho em descobrir a fonte do ar extra que está escapando.
Coleta de dados na Estação Espacial
A busca pela fonte do vazamento de ar está demorando mais do que o esperado, disse o porta-voz da NASA Daniel Huot ao Business Insider na semana passada.
Huot acrescentou na terça-feira que as equipes técnicas ainda estavam revisando os dados coletados pela tripulação.
Por isso, já descartaram a maioria dos módulos da estação e devem concluir essa revisão nos próximos dias.
Se os especialistas ainda não conseguirem identificar o vazamento depois disso, ele disse, a equipe precisará de um novo plano de ação.
Normalmente, o pouco de ar que a estação espacial perde pode ser substituído nas missões de reabastecimento, com lançamento de grandes tanques altamente pressurizados cheios de nitrogênio e oxigênio.
Mas, se esse pequeno vazamento de ar se tornar grande, esses tanques podem não ser capazes de repor o ar com rapidez suficiente.
A partir da descoberta desse vazamento e aumento da preocupação, os membros da tripulação e equipes em solo monitoraram a pressão do ar em cada seção para descobrir qual estaria vazando.
Originalmente, a NASA pensava que especialistas americanos e russos encontrariam o vazamento dentro de uma semana, mas não foi isso que aconteceu.
Então, as equipes decidiram ficar mais alguns dias coletando dados das escotilhas, disse Huot.
Preocupação com a tripulação ou segurança do veículo
Ainda assim, ele acrescentou, o vazamento ainda é muito pequeno para ser uma ameaça à tripulação ou à estação agora.
A taxa de vazamento é estável e bem abaixo das especificações do projeto para a estação.
Huot deixa claro que não há motivo para preocupação com a segurança da tripulação ou do veículo.
E, no caso de uma emergência na estação espacial, os membros da tripulação podem retornar à Terra com a nave Soyuz MS-16 que está ancorada lá.
Em um cenário menos extremo, a tripulação também poderia cortar o módulo com vazamento e isolá-lo.
Este não é o primeiro vazamento na estação e nem o mais assustador.
Em agosto de 2018, membros da tripulação descobriram um orifício de perfuração de 2 milímetros em parte da nave russa Soyuz MS-09 que estava ancorada na época.
Esse buraco parecia um defeito de fabricação.
Então, em dezembro de 2018, dois cosmonautas flutuaram para o exterior da nave Soyuz para estudar o buraco em detalhes.
Eles ficaram quase oito horas cortando o isolamento com uma faca para encontrá-lo e documentá-lo.
Depois, a tripulação da estação espacial consertou o buraco com um selante epóxi.
Informações de Business Insider.