7 árvores extintas que temos registro

Daniela Marinho
Imagem: Shutterstock

Em se tratando de natureza, toda perda é considerável. Isso porque quanto maior a biodiversidade, mais saúde para a humanidade. Nesse contexto, não são apenas os animais que entram em extinção ou que, infelizmente, são aniquilados do meio ambiente, a flora também é atingida. Conheça, portanto, 7 árvores extintas.

Embora não estejam sob os holofotes, as árvores também desaparecem do ecossistema; assim, há diversas espécies que não são mais encontradas na natureza.

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Podem não parecer uma grande perda, mas essas 7 árvores extintas alertam para a importância no cuidado e conservação do planeta Terra; afinal de contas, a flora terrestre fica mais fraca e os animais que dependem das espécies com relação à alimentação também sofrem.

Conheça, então, 7 árvores extintas.

1. Sigillaria

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Árvores sigillaria extintas. Imagem: iStock.com/dottedhippo

Árvore licopodiófita que cresceu no final do período carbonífero e foi extinta há 300 milhões de anos, a sigillaria crescia até 100 pés de altura e tinha um tronco retorcido de 3 a 4 pés de diâmetro.

Suas características eram bem peculiares: possuía longas folhas semelhantes a grama que também cresciam em espiral diretamente de seu tronco macio. Não tinha sementes, então sua reprodução acontecia por meio de esporos que pendiam de seus caules em estruturas que se pareciam com cones.

A extinção dessa árvore aconteceu durante a transição da mudança climática da Vestefália para a Stephaniana, que secou os pântanos e dizimou muitas outras plantas tropicais das terras baixas. Desse modo, o gênero de árvores Sigillaria foi substituído por coníferas e seus restos fossilizados produzem combustíveis fósseis modernos.

2. Lepidodendro

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O lepidodendron é freqüentemente chamado de ‘a árvore da escama’. Imagem: domínio público

O Lepidodendron cresceu no período Carbonífero. Essa árvore extinta de tronco mole é também chamada de “árvore da escama”, pois sua casca fossilizada se assemelha a escamas de répteis.

Antes de sua extinção, o lepidodendro crescia em florestas úmidas de carvão e provavelmente era macio, parecido um pouco com ervas, com a maior parte de seu tronco livre de galhos até a ponta. Essas árvores extintas cresciam mais de 30 metros de altura e seu tronco atingia até 4 pés de diâmetro.

A reprodução delas acontecia por meio de esporos e acredita-se que a árvore tenha desaparecido há 300 milhões de anos durante a transição da mudança climática de Vestefália para Stephaniana ao lado de Sigillaria, então não há como saber com certeza.

3. Santa Helena Olive (Nesiota elliptica)

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Árvore extinta recentemente. Imagem: John Charles Meliss

Outra árvore que entra na lista das 7 árvores extintas é a Santa Helena Olive que morreu mais recentemente, em 1994. Parente próxima da jujuba, a árvore era endêmica no oceano Atlântico sul, e às vezes é chamado de arbusto da montanha de Santa Helena.

Sua extinção se deu pelas atividades humanas que destruíram seu habitat nativo na floresta ao abrir espaço para cabras pastando já no século 19. O último arbusto selvagem morreu em 1994 após esforços governamentais para salvar a espécie. No entanto, a última azeitona de Santa Helena morreu em 2003 no cultivo.

4. Kokia Cookei

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Imagem: David Eickhoff de Pearl City, Havaí, EUA

Endêmica das terras baixas do oeste de Moloka’i, nas ilhas havaianas, essa árvore extinta foi descoberta pelos cientistas já em fase de desaparecimento. A árvore possuía grandes flores vermelhas brilhantes que atraíam polinizadores. Foi dada como extinta em 1950, mas uma única muda foi encontrada em 1970.

Contudo, a muda morreu em um incêndio, mas já havia sido enxertada na planta ameaçada de extinção Keokia kauaiensis.

5. Araucária mirabilis

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Imagem: Ghedoghedo

Pertence ao gênero Araucária, a Araucária mirabilis é uma conífera extinta que crescia na Patagônia, Argentina. De acordo com os pesquisadores, a árvore extinta era a principal fonte de alimento para os dinossauros saurópodes no período Jurássico e a razão pela qual esses animais evoluíram para ter pescoços tão longos – a árvore chegava a 330 pés de altura e tinha um diâmetro de até 11 pés.

Acredita-se que a árvore tenha se extinguido por conta de mudanças climáticas, uma vez que as áreas úmidas secaram e elas não conseguiram mais se reproduzir.

6. Pera Ansault

Considerada pelo The Pears of New York como “fruta da mais alta qualidade”, a pera ansault foi descrita como amanteigada e com um aroma delicado. Sua extinção data do início do século 20.

7. Macieira Taliaferro

A maçã Taliaferro não foi cultivada fora do pomar de Thomas Jefferson – o terceiro Presidente dos Estados Unidos – nem chegou aos mercados comerciais. A árvore morreu no mesmo pomar em que foi cultivado pela primeira vez, em Monticello.

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