Durante o Projeto Manhattan os Estados Unidos criaram dezenas de instalações nucleares ao longo do país. Uma delas, Hanford Site, fica no sudoeste do estado de Washington e abriga 149 tanques com resíduos nucleares da produção de bombas atômicas. Acontece que um desses tanques, B-109, está vazando em taxas alarmantes.
O Departamento de Energia, responsável pelo cuidado e mantimento de Hanford Site, afirma que notificou alguns vazamentos há mais de um ano. Contudo, segundo Geoff Tyree, responsável pelo departamento, os níveis de vazamento não foram alarmantes desde então.
Por outro lado, o Departamento de Ecologia de Washington e a Agência de proteção Ambiental dos EUA receberam uma notificação, constatando um vazamento de 13 litros por dia do tanque B-109. Ambas autoridades agora irão conduzir uma investigação juntamente ao Departamento de Energia.
Os tanques de Hanford Site, por conseguinte, têm atualmente mais de 75 anos e apenas uma camada de paredes ao seu redor. Portanto, os reservatórios já deveriam ter passado por inspeções e reparos anteriores.
Milhares de litros de resíduos
Apesar do volume relativamente baixo do vazamento, ONG’s e autoridades estão alarmadas com a situação. Isso porque cada tanque pode abrigar mais de 400.000 litros de água e resíduos radioativos. Outras estimativas mostram, aliás, que o conjunto todo pode já ter vazado 800.000 litros de rejeitos radioativos no solo.
Uma das principais preocupações é o Rio Columbia, que corre próximo à região. Portanto, a água contaminada dos tanques pode estar infiltrando-se no solo até atingir os lençóis freáticos da bacia do rio. Isso pode, assim, prejudicar direta e indiretamente a saúde humana, evidentemente. Apesar disso, as autoridades responsáveis pela investigação afirmam que a priori não há risco à saúde dos trabalhadores e da população de forma geral.
Como os resíduos radioativos foram parar em Hanford Site
Durante a produção de energia nuclear, ou a criação de armas como bombas atômicas, os resíduos nucleares precisam ser altamente controlados e monitorados. Um desses controles envolve manter a temperatura baixa e dissolver os resíduos radioativos durante a estocagem.
Contudo, esse material contaminado, sendo líquido, tem mais facilidade em atingir ecossistemas essenciais. Órgãos do Governo dos EUA afirmam que há a necessidade de mais direcionamento de recursos para os tanques de estocagem do material. Lembrando que esses compostos radioativos, como o plutônio, podem levar centenas ou milhares de anos até chegarem a níveis seguros de contaminação.
Com informações de Associated Press News.