Connect with us

Planeta Terra

Japão irá liberar água radioativa de Fukushima no oceano

Published

on

A usina de Fukushima era, em 2011, um conjunto de instalações relativamente modernas e preparadas para certas eventualidades. Os reatores possuíam proteções contra tsunamis de até 5 metros e os núcleos eram desativados assim que houvesse alguma avaria. Contudo, um terremoto de intensidade 8,9 na Escala Richter foi muito para a integridade da usina.

O tremor causou um tsunami de mais de 14 metros que atingiu a orla do município de Daiichi, onde a usina está localizada. Três explosões ocorreram nos dias seguintes, expondo gases radioativos para a atmosfera e liberando material contaminante ao longo das instalações.

Acontece que, após o isolamento da área, centenas de toneladas de água do mar passaram a escoar para dentro dos reatores. Essas águas entram em contato com diversos elementos radioativos. No entanto, a maioria deles pode passar por tratamentos sem resíduos, com exceção do trítio, que pode levar até 30 anos para apresentar níveis seguros de radiação.

Advertisement

Portanto, na última quarta-feira, o Primeiro Ministro do Japão – Yoshihide Suga – anunciou a liberação paulatina da água contaminada no Oceano Pacífico. A decisão está enfrentando inúmeras controversas, com a opinião pública chegando a 51% de reprovação. Pescadores e moradores da região, sobretudo, alegam que a sua fonte de renda será profundamente prejudicada, uma vez que não haverá demanda pelos peixes contaminados.

De Fukushima para o mundo

Desde o acidente na usina, diversos países vizinhos, como China e Coréia do Sul impuseram restrições econômicas ao Japão. O motivo alegado: o prejuízo na indústria pesqueira da região. A nova decisão, nesse sentido, vem agravando ainda mais os acordos diplomáticos entre os países próximos.

O Primeiro Ministro alegou que a capacidade de armazenamento de água não deve ser suficiente para o ano de 2022. Portanto, de acordo com a declaração, já passou da hora de alguma atitude ser tomada.

Advertisement

De acordo com o governo e técnicos de segurança do Japão, a água será diluída a um nível que se aproxime de 2,5% dos valores-limite estipulados para a liberação desse tipo de componente no ambiente. Além do mais, o despejo da água contaminada no oceano deveria acontecer ao longo dos próximos 30 anos, antes de uma possível reconstrução da usina.

Vale lembrar que, apesar das controvérsias e do trauma de Chernobyl, a energia nuclear é uma das formas mais limpas e produtivas de energia atualmente. Contudo, a segurança desse tipo de recurso depende diretamente das instalações e das práticas de segurança adotadas e uma usina. De acordo com especialistas, o acidente de Fukushima não deve ser comparado ao da Ucrânia, em 1986. Isso porque todos os protocolos de ação permitiram danos bastante reduzidos.

Entretanto, a liberação de água radioativa no oceano certamente causará impactos. Resta saber a intensidade e duração.

Advertisement

Com informações de The Japan Times.

Advertisement
Colagem de produtos em oferta

Aproveite nossas ofertas imperdíveis

Garimpamos as promoções mais quentes da internet para você economizar no que realmente vale a pena.

VER OFERTAS

Copyright © 2025 SoCientífica e a terceiros, quando indicado.