A startup 44.01 está desenvolvendo uma tecnologia inovadora para capturar e armazenar dióxido de carbono de forma permanente no subsolo, acelerando a mineralização natural de CO2 de décadas para menos de um ano. Esse projeto ambicioso conta com o apoio de figuras importantes, como Sam Altman, CEO da OpenAI, e a Apollo Projects. A 44.01 acredita que sua abordagem pode revolucionar a maneira como lidamos com o excesso de CO2 na atmosfera, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
A tecnologia que a empresa está desenvolvendo tem o potencial de retirar grandes quantidades de CO2 do ar, promovendo uma redução significativa na concentração desse gás e, consequentemente, ajudando a combater o aquecimento do planeta. Se essa iniciativa se mostrar bem-sucedida, poderá se tornar uma ferramenta essencial na luta contra os efeitos mais severos das mudanças climáticas.
A 44.01 já realizou testes promissores de sua tecnologia em Omã, demonstrando a viabilidade do método. Agora, a empresa está se preparando para comercializar sua técnica no mercado local, com planos ambiciosos de expansão global no futuro próximo. Ao garantir o sucesso em Omã, a startup espera poder escalar sua operação para outros países.
Sequestro de carbono com nova tecnologia
Apollo Projects é um fundo de investimento em estágio inicial gerido por Sam Altman e seu irmão, Jack Altman. A tecnologia inovadora da 44.01 envolve a injeção de dióxido de carbono a 1 quilômetro de profundidade na terra.
Uma vez injetado, o CO2 passa por reações químicas que o transformam em pedra, garantindo que ele não volte para a atmosfera, conforme relatado pela BNN Bloomberg.
Baseada em Omã, a startup mistura o CO2 com água antes de injetá-lo em um poço. Essa mistura se infiltra em rachaduras no peridotito, uma rocha naturalmente fraturada. O peridotito realiza um processo conhecido como mineralização de carbono, onde os minerais reagem com o CO2 para formar carbonatos sólidos, efetivamente sequestrando o carbono de forma permanente.
Técnica de captura, sozinha, não resolve o problema climático
Apesar da captura e o sequestro de carbono terem potencial para ajudar a limitar os efeitos das mudanças climáticas, muitos cientistas alertam que isso não deve ser considerado a solução principal. Governos precisam priorizar uma redução drástica no uso de combustíveis fósseis.
A quantidade de CO2 que precisaria ser retirada da atmosfera ainda seria imensa, mesmo que todas as emissões de combustíveis fósseis paradas hoje. Portanto, uma abordagem integrada, que combine tecnologias de captura de carbono com uma diminuição significativa na dependência de combustíveis fósseis, é essencial para enfrentar a crise climática de forma eficaz.
Por que Omã é tão promissor
Omã é um local ideal para implementar o processo desenvolvido pela 44.01. Em outras partes do mundo, o peridotito, a rocha essencial para este método, é geralmente encontrado em grandes profundidades, tornando inviável alcançá-lo com tecnologias de perfuração convencionais.
No entanto, em Omã, depósitos de peridotito estão localizados perto da superfície, o que facilita e torna mais econômico o processo de injeção de CO2.
A 44.01, cujo nome é uma referência à massa molecular do CO2, tem como objetivo comercializar sua tecnologia em Omã e nos Emirados Árabes Unidos. A startup já completou projetos piloto e de demonstração bem-sucedidos nesses dois países, posicionando-se para expandir suas operações e tornar sua tecnologia uma solução viável e escalável para a captura e armazenamento de carbono.
Os testes iniciais demonstraram que a tecnologia da 44.01 é capaz de armazenar entre 50 a 60 toneladas de CO2 por dia. A meta da startup, uma vez que a tecnologia esteja comercializada, é aumentar essa capacidade para sequestrar 100 toneladas de carbono diariamente com cada poço de injeção.
Com esses resultados promissores, a 44.01 está confiante em sua capacidade de contribuir significativamente para a redução dos níveis de carbono na atmosfera, proporcionando uma solução eficaz e escalável para o desafio global das emissões de CO2.