Os 7 países mais ricos da América do Sul

Brasil é penúltimo da lista.

Daniela Marinho
Imagem: Canva

A América do Sul é um continente cujo destaque reside nas suas notáveis características naturais e em sua população. Com uma população de 441 milhões de habitantes, a região depende das economias das doze nações que a compõem, bem como de três dependências. No entanto, compreender a riqueza econômica de cada nação é um processo complexo que envolve diversos fatores.

Uma métrica útil para avaliar a economia de cada país é o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera a Paridade do Poder de Compra (PPP). Essa abordagem ajusta o custo de vida e as taxas de inflação globalmente, proporcionando uma visão mais precisa da renda média per capita de um país. Utilizando dólares internacionais como unidade de medida, essa métrica permite comparar os padrões de vida entre as diferentes nações da América do Sul.

Países mais ricos da América do Sul

Para obter informações sobre os países mais ricos da América do Sul, recorremos aos dados fornecidos pelo World Economic Outlook (WEO) do Fundo Monetário Internacional, referentes a abril de 2023. Essa fonte confiável e abrangente oferece uma base sólida para a análise das economias sul-americanas, possibilitando uma comparação precisa e atualizada dos indicadores econômicos de cada país da região.

Assim sendo, confira a lista com os 7 países mais ricos da América do Sul e suas características que os colocam no ranking.

1. Guiana — $ 60.648

A Guiana vivenciou um notável aumento de riqueza recentemente, impulsionado principalmente pelo início da produção de petróleo em 2020. Por isso, lidera o ranking dos países mais ricos da América do Sul. Sua economia se baseia nos setores agrícola, de mineração e de serviços, sendo o açúcar, o arroz, o ouro e a bauxita seus principais produtos de exportação.

Além disso, o setor de serviços, especialmente tecnologia da informação e telecomunicações, tem crescido significativamente. Investimentos estrangeiros e projetos de infraestrutura também desempenharam um papel importante no fortalecimento da economia do país.

2. Chile — $ 29.613

O Chile se destaca como um país com uma sólida infraestrutura econômica e políticas voltadas para o mercado. Com um PIB per capita de US$ 29.613, sua economia é impulsionada pela produção de cobre, onde é o maior produtor mundial, além de um setor agrícola vibrante, especialmente na produção de vinho, frutas e produtos da pesca.

O setor de serviços tem crescido rapidamente, impulsionado pela digitalização da economia. Investimentos em infraestrutura, energia renovável e transporte público têm contribuído para a resiliência econômica do país. No entanto, a situação política incerta pode afetar o futuro da economia chilena.

3. Uruguai — $ 28.740

O Uruguai é uma economia voltada para a exportação, com destaque no setor agrícola, especialmente na produção de carne bovina, soja e arroz. Investimentos em educação resultaram em uma força de trabalho confiável. O país avançou no desenvolvimento sustentável, com ênfase na tecnologia e na indústria de TI.

Além disso, o setor bancário continua forte, graças às políticas monetárias prudentes. A localização estratégica do Uruguai beneficia o comércio com Brasil e Argentina. O turismo e as energias renováveis, como eólica e solar, também contribuem para o crescimento econômico.

4. Argentina — $ 27.261

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Ciudad Autônoma de Buenos Aires. Imagem: Canva

A Argentina fortaleceu suas indústrias, melhorou a infraestrutura e buscou um crescimento econômico sustentável. É a terceira maior economia da América Latina, integrando a lista dos países mais ricos da América do Sul, mas enfrenta desafios como inflação, déficits fiscais e dívida externa. A agricultura, com destaque para a produção de soja e milho, é fundamental para a economia argentina.

A indústria automotiva e farmacêutica também cresceu significativamente. Investimentos em tecnologia da informação e energia renovável têm impulsionado uma economia mais diversificada. Buenos Aires se destaca como centro de startups e iniciativas ecológicas.

5. Colômbia — $ 19.460

A economia da Colômbia está em um caminho de sucesso, com destaque nos setores de energia, têxtil, processamento de alimentos e serviços financeiros. A indústria do petróleo, liderada pela Ecopetrol, é essencial.

A Colômbia é um dos principais produtores de café e possui um setor de processamento de alimentos em crescimento. O Bancolombia é um forte player no setor financeiro. Contudo, a desigualdade de riqueza e as disparidades regionais continuam sendo desafios para o país.

6. Brasil — US$ 18.686

A economia do Brasil é a terceira maior das Américas, mas enfrenta desafios de desigualdade de riqueza. Os setores agrícola, industrial e de serviços são essenciais para a economia brasileira, com destaque para a produção de commodities, como soja, café e açúcar, e empresas como Embraer e Volkswagen.

Investimentos em tecnologia impulsionam o setor de serviços, enquanto a inflação e o desemprego são questões notáveis. Políticas e reformas são necessárias para impulsionar o desenvolvimento econômico do país.

7. Suriname — $ 18.427

Em sétimo lugar entre os países mais ricos da América do Sul, está o Suriname. As indústrias extrativas são fundamentais para a economia do Suriname, com destaque para o setor de mineração de bauxita, dominado pela Suriname Aluminium Company (Suralco), subsidiária da Alcoa. O setor de mineração de ouro também tem crescido, com empresas como Newmont Corporation e Iamgold realizando extrações significativas. O país exporta produtos agrícolas, como arroz, banana e palmiste.

A indústria de petróleo do Suriname está em ascensão, liderada pela empresa estatal Staatsolie, e recentes descobertas de petróleo offshore indicam um potencial de crescimento. No entanto, a economia enfrenta desafios, como alto custo de vida e crise da dívida soberana, que geram agitação social.

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