Gavial é um tipo de crocodiliano asiático que se diferencia por seu focinho longo e fino. Os crocodilianos são um grupo de répteis que inclui crocodilos e jacarés.
Eles vivem em sistemas fluviais de água doce clara e nas curvas dos rios, onde a água é mais profunda. Portanto, não são adequados para a terra, só deixando a água para pegar sol ou para fazer ninhos.
O gavial já foi amplamente encontrado do Paquistão a Mianmar, só que agora o alcance do réptil encolheu para dois países: Índia, ao longo dos rios Chambal, Girwa e Son; e Nepal, ao longo do rio Narayani.
Aparência e comportamento do gavial
Um gavial típico atinge 3 metros de comprimento e pode pesar, quando adulto, de 160 a 250 kg. Os gaviais regulam a temperatura do corpo tomando sol para se aquecer ou descansando na sombra ou na água para se refrescar.
O gavial macho exibe um grande tumor no focinho chamado ghara, palavra hindi para “pote de lama”. Eles usam seus gharas para vocalizar e soprar bolhas durante as exibições de acasalamento.
Os animais seu reúnem para acasalar e fazer ninhos durante a estação seca, quando as fêmeas colocam os ovos em bancos de areia ao longo de seções de água com movimento lento.
Deste modo, os ovos incubam por 70 dias e os filhotes ficam com as mães por várias semanas ou até meses.
Gaviais se alimentam sem perseguir e investir contra a presa como outros crocodilianos, porque seus focinhos contêm células sensoriais que detectam vibrações na água.
Então, balançando a cabeça de um lado para o outro, os animais se concentram nos peixes e os agarram pelas mandíbulas forradas com mais de cem dentes.
Enquanto os adultos comem peixes, seus filhos também comem insetos, crustáceos e sapos.
Sobrevivência ameaçada
A União Internacional para Conservação da Natureza classifica as espécies como criticamente ameaçadas de extinção. As suas maiores ameaças enfrentadas estão relacionadas às atividades humanas.
Desde a década de 1940, os números do gavial caíram até 98% devido à caça para a medicina tradicional e as mudanças climáticas em seus habitats de água doce.
Por exemplo, as pessoas manipularam o fluxo dos rios, o que causou o ressecamento de certas áreas e dificultou a sobrevivência dos gaviais dependentes da água.
Os gaviais jovens também são suscetíveis de serem apanhados nas redes de pesca, causando ferimentos e, até mesmo, afogamentos.
Essas preocupações com o status do gavial suscitam esforços de conservação nas últimas décadas.
Na década de 1970, o governo indiano concedeu proteção total à espécie com o objetivo de reduzir a caça furtiva.
Ainda mais, nas décadas de 1970 e 1980, grupos conservacionistas na Índia e no Nepal lançaram programas de retaguarda e soltura que introduziram mais de 6.000 gaviais criados em cativeiro na natureza. Infelizmente, a falta de monitoramento eficaz nos faz não ter a verdadeira noção se os programas são realmente um sucesso.