Exoplanetas, também chamados de planetas extrassolares, são planetas que não se encontram no Sistema Solar, ou seja, orbitam outras estrelas, em vez do Sol, fazendo parte de outros sistemas planetários. Até o ano passado (2019), a Nasa (Agência Espacial Norte Americana) já havia confirmado a existência de mais de 4000 exoplanetas e de cerca de 3000 sistemas planetários.
O que são exoplanetas?
Como já foi dito, Exoplanetas são planetas que orbitam em torno de outras estrelas, que não o Sol. Exoplanetas são muito difíceis de ver diretamente com telescópios, pois estão ocultos pelo brilho das estrelas que orbitam.
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Assim, os astrônomos usam outras maneiras de detectar e estudar esses planetas distantes. Eles procuram exoplanetas observando os efeitos que esses planetas têm sobre as estrelas que orbitam.
![Comparação exoplanetas e terra](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2020/05/exoplanetas-comparacao.jpg)
Como estudiosos procuram exoplanetas?
Estrelas vacilantes
Uma maneira de encontrar exoplanetas é procurar por estrelas “vacilantes”. Uma estrela que tem planetas não orbita perfeitamente em torno de seu centro. Dessa forma, de longe, essa órbita descentralizada faz com que a estrela pareça trêmula.
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Centenas de planetas foram descobertos usando esse método. No entanto, apenas grandes planetas – como Júpiter, ou até maiores – podem ser vistos dessa maneira. Planetas menores, como a Terra, são muito mais difíceis de encontrar, porque criam apenas pequenas oscilações, mais difíceis de detectar.
Método de trânsito
Em 2009, a NASA lançou uma espaçonave chamada Kepler para procurar exoplanetas. Kepler procurou planetas em uma ampla variedade de tamanhos e órbitas. Além disso, esses planetas orbitam em torno de estrelas que variam de tamanho e temperatura.
Alguns dos planetas descobertos por Kepler são planetas rochosos, como a Terra, inclusive com zonas habitáveis, onde a vida pode ser possível. Contudo, o mais próximo deles se encontra a cerca de 12 anos-luz de distância do nosso planeta.
Os exoplanetas foram detectados usando o chamado método de trânsito. Dessa forma, quando um planeta passa na frente de sua estrela, isso é chamado de trânsito. À medida que o planeta transita diante da estrela, ele bloqueia um pouco da luz da mesma. Isso significa que uma estrela parecerá um pouco menos brilhante quando o planeta passar à sua frente.
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Os astrônomos também podem observar como o brilho da estrela muda durante um trânsito, o que pode ajudar a descobrir o tamanho do planeta. Assim, estudando o tempo entre trânsitos, os astrônomos também podem descobrir a que distância o planeta está de sua estrela.
![sonda Kepler](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2020/05/sonda-Kepler.jpg)
Até agora, milhares de exoplanetas foram descobertos pela missão Kepler. E, provavelmente, mais serão encontradas pela missão TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, que observa o céu inteiro para localizar planetas que orbitam as estrelas mais próximas e brilhantes.
Fonte: NASA