Nossa sociedade pode viver no subsolo em breve, assim como outras já fizeram

Mateus Marchetto
Imagem: Peter H / Pixabay

O medo do escuro e do ambiente está cravado na evolução dos Homo sapiens. Ainda assim, nossos ancestrais viam cavernas, ambientes escuros e frios, como refúgios importantes e mesmo moradias. Nesse sentido, aliás, especialistas acreditam que nossa espécie pode voltar a viver no subsolo muito em breve – e talvez isso não seja um problema.

Grandes cidades estão ficando evidentemente sem espaço. Prédios cada vez mais altos e fronteiras urbanas cada vez mais longas são uma realidade nas grandes cidades do planeta. Portanto, a necessidade por novos espaços de habitação é u problema real que a humanidade deve enfrentar nas próximas décadas.

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Imagem: Free-Photos / Pixabay 

Hoje em dia, construções como bunkers tendem a ser extremamente mais caras do que o segundo andar de uma casa, devido a toda a mão de obra necessária. Todavia, casas e apartamentos em grandes centros tem ficado cada vez mais caros, e em breve os preços podem ser equivalentes.

Além do mais, áreas periféricas, de região metropolitana, têm apresentado crescimentos absurdamente altos, passando de 500% em questão de 20 anos. Isso é um problema de gerenciamento para o Estado e, sobretudo, um problema ecológico. Toda essa população concentrada rapidamente em certas regiões cria sistemas falhos de proteção do meio ambiente.

Adaptando ambientes para se viver no subsolo

Viver em um buraco no chão pode não parecer muito confortável. Felizmente, a tecnologia pode nos ajudar a resolver este problema.

Por exemplo, na Turquia, há cidades inteiras subterrâneas na região da Capadócia. Essas cidades foram usadas ao longo dos séculos para a proteção contra guerras e contra o clima mais hostil. Frequentemente, vale ressaltar, o subsolo é mais frio durante o verão e mais quente durante o inverno.

Algumas dessas cidades poderiam abrigar mais de 20.000 pessoas e contavam com sistemas de ventilação e iluminação, feitos por tubos que permitiam que a luz do sol e o ar fresco entrassem.

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Imagem: Free-Photos/ Pixabay 

Tendo-se alguns requisitos do ambiente, portanto, é possível criar um ambiente que não pareça tão estranho. Paredes altas e bem iluminadas podem evitar a sensação de sufocamento. A iluminação artificial regulada também é um ponto importante, devido às nossas necessidades biológicas.

Acontece que seres humanos dependem da luz do sol para regular seu ciclo circadiano. Por esse motivo, aliás, as telas de computadores e celulares bagunçam nosso sono. Portanto, simular um ambiente onde o sol nasce e se põe é bastante importante.

Todavia, também dependemos do sol para a produção de vitamina D em nosso corpo. Luzes artificiais podem, eventualmente, estimular o metabolismo desse composto, mas a princípio o contato com a luz do sol ainda seria essencial.

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