Recentemente, arqueólogos fizeram uma descoberta surpreendente ao encontrarem uma tumba de 1.500 anos: chinesa se suicidou para passar a eternidade ao lado do amante. Na verdade, os restos mortais dos corpos receberam o nome de ‘fechadura do amor eterno’, pois estavam abraçados dentro do túmulo.
Acredita-se que o homem tinha algo em torno dos 35 anos e 1,5 metros quando faleceu, com “vários sinais de traumas”, incluindo braço quebrado, problemas com os pés e dedo faltando em uma das mãos. Todavia, a chinesa que se suicidou parecia bem saudável, com a mesma altura e faixa etária, com chances de ter no máximo 40 anos, antes de sua morte. Quando pesquisadores encontraram os corpos, localizaram um anel na mão esquerda da mulher.
Não há muitas evidências de como o casal foi parar na mesma sepultura, mas a hipótese é de que ela tenha tirado a própria vida. Os restos mortais foram descobertos em junho de 2020, quando trabalhadores escavavam a província de Shanxi, ou seja, não estava nos planos tal surpresa. Com o apelido de ‘M183’, este arranjo de sepultamento é o primeiro do tipo localizado no país.
Chinesa se suicidou com métodos comuns para a época
“A liberdade de expressão e a busca ativa do amor na cultura chinesa se tornaram proeminentes durante o primeiro milênio”, escreveram os pesquisadores no resumo do estudo. “Esse tipo de funerário pode ter sido influenciado pelos costumes das regiões ocidentais. Contudo, saber que uma chinesa se suicidou para ser enterrada com um grande amor, é algo terrivelmente mágico”, concluíram.
Durante a era de Wei-Jin, era comum enterros conjuntos de homens e mulheres, e pesquisas da época revelam que ‘cometer suicídio por amor’ não era apenas aceito, como também, promovido. Provavelmente, a chinesa se suicidou por meio de algum dos métodos comuns para essa tradição. Dentre eles, estão enforcamento, afogamento, envenenamento, saltar de lugares altos, deixar de tratar doenças e até mesmo recusar comida.
Os pesquisadores obtiveram dados importantes, pois os esqueletos estavam bem preservados, com estimativas de sexo, altura, idade na morte e avaliação parcial da saúde óssea. A chinesa se suicidou há mais de um milênio, entretanto, a disposição do seu corpo revela que propositalmente abraçou o amado antes de morrer.
“Sepultaram no mesmo cemitério outros dois casais que ‘mostravam sinais de dois corpos posicionados intencionalmente um de frente para o outro’. Todavia, não estavam entrelaçados, não estavam tão bem preservados e não possuíam anéis”, finalizaram os arqueólogos responsáveis pela descoberta.