Um mamute lanoso que morreu há pelo menos 10.000 anos foi encontrado na Sibéria. O esqueleto foi descoberto por pastores de renas, que encontraram os restos do animal. Aliás, chama atenção porque ainda possui ligamentos intactos.
Foi localizado no lago Pechevalavato, no distrito de Yamalo-Nenets, na Rússia, no dia 23 de julho. Os pesquisadores removeram partes do crânio, costelas e pés do mamute lanoso, muitos deles ainda mantidos unidos por tecidos moles.
Pesquisadores seguem em busca de mais partes do mamute lanoso
Os pesquisadores continuam vasculhando a região, com a esperança de encontrarem mais algum esqueleto milenar. Segundo o diretor do Centro de Pesquisa do Ártico, Dmitry Frolov em entrevista à Siberian Times, “todo o esqueleto está lá”, e ele deu mais detalhes sobre o animal. “A julgar pelas fotos, era um jovem mamute, mas teremos que esperar pelos testes para dar a idade exata”.
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Foram encontrados diversos ossos espalhados nas margens do lago, sendo que provavelmente ficou por milhares de anos preso no solo congelado do permafrost. Recentemente foram encontrados um potro de 42 mil anos, um lobo de 32 mil anos e um filhote de leão da caverna, espécie já extinta, além de outras descobertas incríveis.
Descoberta foi possível devido à onda de calor
Em junho uma forte onda de calor atingiu a Sibéria, elevando a temperatura em 8ºC em comparação com a média. Mas, antes disso a região já passou por fortes mudanças de temperatura, indo de -68ºC no inverno para 32ºC no verão, devido a mudanças climáticas causadas pelo homem.
Com o derretimento da permafrost uma atividade ilegal ganhou força: a caça pelos ossos. Somente em 2019 essa indústria movimentou cerca de 50 milhões de dólares, alguns garimpeiros inclusive mergulhavam nas águas geladas em busca de presas de marfim.
Os mamutes foram extintos 10 mil anos atrás, aproximadamente, mas alguns cientistas acreditam que grupos sobreviveram mais tempo no Alasca e na ilha Wrangel, na costa da Sibéria. Dessa forma, os fósseis recém descobertos possuem 10.000 anos, enquanto outros semelhantes já encontrados foram datados de 30.000 anos.
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Conforme a paleontologista do Instituto Shemanovsky, em Salekhard, na Rússia, Yevgeniya Khozyainova, a equipe está em busca de mais partes do mamute. “Sempre que há tecido mole deixado para trás, é um material valioso para estudar”, explica.
Por mais que o restante do esqueleto esteja nas proximidades, os pesquisadores acreditam que vai demorar um tempo significativo para encontrarem. Por fim, são raros os esqueletos completos deste tamanho e essa descoberta pode aprofundar o conhecimento que os cientistas possuem do assunto.
Com informações de Smithsonian Magazine.