No Deserto de Arava em Israel, um grupo de arqueólogos fazem descobertas impressionantes que mostram evidências histórias da época do rei Salomão do antigo testamento, no vale Timna. Os objetos encontrados foram analisados e feitos datação por carbono-14, que mostra que eles poderiam pertencer a época do rei Salomão, que é descrito na Bíblia.
O Antigo Testamento não era o objetivo da pesquisa
Erez Ben-Yosef é um arqueólogo que tem como campo de estudo o paleomagnetismo, a investigação das mudanças magnéticas que ocorreram na Terra ao longo do tempo.
Quando ele chegou nas antigas minas de Timna em 2009, tinha como objetivo estudar o misterioso pico magnético que ocorreu no século X aC, quanto ele ficou mais alto do que em qualquer momento da história, sem razões conclusivas para isso.
Ben-Yosef e seus colegas da Universidade da Califórnia começaram a escavar e encontraram pedaços de material orgânico, como sementes e carvão, e os enviaram para um laboratório na universidade para realizar a datação por carbono-14.
Quanto a isso eles não esperavam nenhuma surpresa, porque anos antes havia sido feita a datação do local, onde foram encontrados ruínas de um templo egípcio que relacionava o vale Timna ao império de faraós. Mas antes disso, um arqueólogo havia pesquisado o local e definido que ele na verdade era o cenário do reino de Salomão
Histórico de pesquisas no vale Timna
Em 1934 um grupo de arqueólogos foi no Deserto de Arava, onde o vale Timna fica localizado, para realizar uma expedição liderada por Nelson Glueck, um arqueólogo conhecido por ser um homem da ciência e da religião.
No local, foram encontradas pilhas de escória preta, que é um subproduto da fundição do cobre, que separa o metal precioso do minério fundido. Em seu relatório original, Glueck escreveu que o local era “o maior e mais rico centro de mineração e fundição de cobre em toda Arabah”.
Depois que o material foi enviado a um especialista de cerâmica, ele foi datado de 3.000 anos atrás, em um dos pontos históricos da bíblia no antigo testamento, que era a época de Salomão, filho do rei Davi, que se tornara conhecido pela sua sabedoria e riqueza. E se a datação estivesse correta, o local seria as Minas do Rei Salomão, o que ajudava a comprovar uma história do antigo testamento.
Porém, conforme os anos se passaram, surgiram outros arqueólogos que realizaram pesquisas no local, que fizeram com que a ligação com o antigo testamento fosse destruída a partir de novas comprovações, que agora ligavam o local à cultura egípcia.
Descobertas da nova expedição
O resultado da análise dos fragmentos enviados ao laboratório da expedição de Ben-Yosef, mostram que as amostras possuíam uma datação de cerca de 1000 aC, época em que os egípcios já haviam partido do local e que, segundo a cronologia bíblica do antigo testamento, seria a época de Davi e Salomão.
Segundo suas últimas descobertas, o local havia sido habitado por povos do Egito primeiro, explicando assim alguns hieróglifos desenhados nos templos. Mas, após a saída dos egípcios, a mina ainda estava ativa, onde poderia ter vivido a monarquia israelita de Salomão, conforme está no antigo testamento.
Dentre os objetos e amostras coletados, foi encontrado em 2019 uma pequena moita de lã rosada, que após passar pelo laboratório foram encontradas duas moléculas que comprovaram que a amostra possuía púrpura real, que era a tinta mais cara do mundo antigo e conhecida como argaman na Bíblia
Agora a pesquisa vai seguir focando em descobrir e analisar mais objetos que podem contar a história do antigo testamento com provas de que realmente aconteceu.
