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Tecnologia

Empresa francesa aposta em data centers no espaço para diminuir impacto ambiental

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Imagine um futuro onde os gigantescos servidores que processam nossos e-mails, vídeos e redes sociais não estejam mais consumindo energia na Terra, mas orbitando silenciosamente acima de nossas cabeças. Esta visão futurista está mais próxima de se tornar realidade graças a uma colaboração franco-emiradense que promete revolucionar nossa infraestrutura digital.

Da Terra para o espaço: a nova fronteira dos data centers

Os data centers terrestres têm sido alvo de crescentes críticas ambientais nos últimos anos, principalmente devido ao seu consumo energético colossal. Buscando uma solução inovadora para este problema, a empresa francesa Latitude, fundada em Reims em 2019, está apostando no espaço como a próxima fronteira para o armazenamento e processamento de dados.

A companhia, que antes atendia pelo nome Venture Orbital Systems, desenvolve o projeto Zephyr — um lançador de 19 metros de comprimento capaz de transportar cargas de até 200 kg, ideal para colocar em órbita satélites de pequeno porte. Embora o primeiro lançamento estivesse inicialmente previsto para 2025, atualizações recentes sugerem um provável adiamento para 2026.

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Enquanto finaliza o desenvolvimento de seu foguete, a Latitude avança em parcerias estratégicas. Em 14 de maio de 2025, a empresa anunciou um protocolo de acordo com a Madari Space, companhia sediada nos Emirados Árabes Unidos, visando a colocação em órbita de diversas instalações, incluindo data centers espaciais.

Constelação de micro-satélites para processamento de dados

Com base em Masdar City, a Madari Space vem trabalhando há anos em uma tecnologia revolucionária: uma constelação de micro-satélites, cada um pesando entre 50 e 100 kg, especificamente projetados para armazenar e processar dados digitais no espaço.

Entre as vantagens já identificadas pela empresa estão o processamento mais rápido de dados, custos de transmissão reduzidos e, principalmente, o fim da dependência dos centros de dados terrestres, frequentemente criticados por seu alto consumo energético e emissões significativas de gases de efeito estufa.

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Embora os benefícios ecológicos exatos de transferir data centers para o espaço ainda precisem ser detalhados, a perspectiva de transformar o armazenamento e processamento de dados em uma atividade sustentável representa um avanço promissor para a indústria tecnológica.

Uma ambição interplanetária

Após a demonstração inaugural do foguete Zephyr, a Latitude poderá iniciar seu apoio ao projeto da Madari Space com um primeiro lançamento já em 2026. A ambição é impressionante: atingir aproximadamente cinquenta lançamentos anuais até o final da década, possibilitando o desenvolvimento completo da constelação, que deverá contar com mais de 8.000 micro-satélites até 2028.

Este projeto se alinha com iniciativas anteriores, como a consideração da Comissão Europeia, em 2022, sobre enviar data centers ao espaço como parte dos objetivos de neutralidade de carbono da UE até 2050. Essa iniciativa europeia, cuja primeira missão também está prevista para 2026, conta com a participação de gigantes do setor, como a francesa Thalès Space, ArianeGroup, Airbus Defense and Space, Orange e Hewlett Packard Enterprise Belgium.

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