Por que montanhas possuem menos oxigênio

Lorena Franqueto
A explicação por trás do pouco oxigênio nas montanhas. Imagem: nepalidevu/Pixabay

Você já viajou para locais com maiores altitudes e já sentiu falta de ar? O porquê do ar das montanhas conter menos oxigênio ocorre pela menor pressão nesses locais. O enjoo e a falta de fôlego correspondem a respostas do corpo humano, frente a variação da pressão do ar e a quantidade de oxigênio ingerida em cada respiração.

Em situações normais, a gravidade “puxa” e “espreme” o ar, por isso as moléculas de oxigênio ficam comprimidas e mais disponíveis para uso do ser humano. Já em menores pressões (altas altitudes) e menor ação da gravidade, as moléculas de oxigênio se espalham, diminuindo sua captação na inspiração.

Por exemplo, no Monte Everest, o pico mais alto da Terra, a pressão atmosférica corresponde a um terço do nível do mar. Assim, há três vezes menos oxigênio disponível, cerca de 67% menor.

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A imagem explica o processo de disponibilidade do oxigênio de acordo com a variação na pressão atmosférica e na altitude. Imagem: KOAA Weather

Essa pressão atmosférica corresponde à pressão gerada pelo ar num determinado ponto. Segundo às medias de Unidade Internacional, a pressão é expressa em Pascal (Pa). Além disso, sua medida só é validada numa dada altitude.

Já no Colorado Springs, seria como respirar 27% menos oxigênio, sendo que esse pico fica a pelo menos 6.000 pés do nível do mar.

No entanto, afirmar que o ar das montanhas contem menos oxigênio é uma afirmação incorreta. Na verdade, o que ocorre é que as moléculas desse gás só estão mais dispersas no ar, assim como outros gases como nitrogênio e dióxido de carbono.

Cabe ressaltar que até próximo de 85km de altitude as porções dos componentes do ar não sofrem grandes variações. Ou seja, há uma grande mistura desses gases. Apenas no caso de irmos além da estratosfera, ocorrem mudanças na proporção de oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono.

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Imagem: nepalidevu/Pixabay

Além disso, acima de 30 mil pés já não há oxigênio suficientemente disponível para que os seres humanos sobrevivam.

Formas para se ajustar a menor disponibilidade de oxigênio

Primeiramente, se possível, permanecer os dias iniciais numa altitude abaixo de 7 mil pés, para depois assumir locais mais altos. Além disso, também é importante evitar atividades desgastante nos primeiros dias da viagem, permitindo um maior tempo de adaptação do corpo.

Inclusive, para menores riscos, é indicado caminhar com parceiros ou em grupos. Caso você se sinta ofegante ou com outras dificuldades, pessoas em melhores condições poderão buscar ajuda.

Por fim, ainda recomenda-se a grande ingestão de água e boas noites de sono, para que o corpo possa se recuperar dos desgastes vivenciados durante o dia.

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