A bíblia apresenta acontecimentos que dividem opiniões, entretanto, pesquisadores encontraram vestígios físicos de terremoto descrito no Velho Testamento, mencionado em Zacarias e Amós. A Autoridade de Antiguidade de Israel (IAA) e a Fundação Ir David lideraram as escavações que desenterraram uma camada contendo as ruínas no bairro de Silwan, em Jerusalém.
Tais descobertas aumentam as evidências do terremoto previamente revelado em regiões do país, como também, no fundo do Mar Morto. Os profissionais envolvidos na descoberta do terremoto descrito no Velho Testamento, consideraram outras possíveis explicações para os danos, o que inclui fogos. Entretanto, não conseguiram encontrar evidências que sugerem que a cidade foi vítima de queimadas.
“Para provar não se tratar de um edifício que sofreu trauma isolado, comparamos tanto em Jerusalém como em outros locais onde também vemos esta camada. Isso foi importante para que possamos fazer a ligação e dizer que não se trata de um evento único, mas sim de algo mais difundido”, disse ao Haaretz Joe Uziel , arqueólogo do IAA.
Sobre o terremoto descrito no Velho Testamento, Amanda Borschel-Dan, do Times of Israel, explicou que os relatos bíblicos tratam o fenômeno como evento de referência. Do mesmo modo em que as pessoas, num futuro próximo, usarão o coronavírus para situar as histórias no tempo.
É possível que realmente tenha acontecido o terremoto descrito no Velho Testamento?
Assim que o livro de Amós começa, o narrador planeja relatar que tais eventos ocorreram “dois anos antes do terremoto descrito no Velho Testamento, quando Uzias tinha o posto de Rei de Judá”.
“Terremotos destrutivos em Jerusalém são possíveis, como mostrado pelo bem registrado terremoto de 1927”, disse Israel Finkelstein, arqueólogo da Universidade de Tel Aviv. “A primeira camada do livro de Amós inclui materiais relacionados ao século VIII, portanto, é possível que um terremoto devastador tenha deixado uma forte impressão”.
Perto de Jesuralém, em Megiddo, Fikelstein conduziu um trabalho onde encontraram evidências de um terremoto em um período semelhante. Conforme relatado, a equipe descreveu “paredes inclinadas e pilares, paredes dobradas e empenadas, pedras de construção fraturadas, pisos de imersão, areia liquefeita, colapso de tijolos de barro e restos queimados”.
Segundo Wolfgang Zwickel, estudioso do Velho Testamento na Universidade Johannes Gutenberg de Maiz, possivelmente, os narradores bíblicos transformaram ambos os eventos em um. Ainda sobre o terremoto descrito no Velho Testamento, ele enfatiza que Amós poderia estar se referindo a qualquer evento que fosse mais forte.
Com informações de Smithsonian Magazine.