A bateria mecânica desenvolvida pela Marinha dos Estados Unidos parte de um princípio já existente. Antigamente, mais precisamente, desde a década de 40, era bastante comum o uso de volantes. Que nada mais são que sistema de disco que tendem a armazenar energia por meio de rotação (inércia).
Esses discos eram utilizados em transportes industriais, e conseguiam recuperar a energia da fase de desaceleração de um carro, e a colocar, por exemplo, no arranque. Tal princípio será utilizado de modo que consigam recarregar as armas a laser e canhões magnéticos usados pela Marinha.
Por que a bateria mecânica é mais eficaz que a de lítio?
Para que os canhões sejam usados ou até mesmo algumas armas, os oficiais da Marinha fazem o uso de baterias de lítio. No entanto, essa acaba por oferecer mais consequências, que bônus. Ao serem levadas para navios de guerra, elas acabam por oferecer perigo para os presentes, uma vez que, em sua constituição, existem materiais perigosos, que podem vir a pegar fogo.
Tentando solucionar tal problema, pesquisadores da Vishwa Robotics (Massachusetts) e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) resolveram criar a bateria mecânica. Tal equipamento é formado por um conjunto de volante, inseridos em uma caixa e dispostos em forma de disco.
De acordo com os testes realizados, essa nova criação consegue armazenar mais energia que uma bateria de íon de lítio convencional, mesmo ambas possuindo o mesmo peso, liberando a energia mais rapidamente e sem risco térmico. Inclusive, devido aos rolamentos criados especialmente para esse projeto, ele se torna mais econômico e eficiente.
Por exemplo: um gerador a diesel de 5 quilowatts chega a pesar mais de 100 kg e possui o tamanho de uma máquina de lavar. Em contrapartida, o protótipo criado com os mesmos 5 quilowatts é constituído com um disco de apenas 10 polegadas de diâmetro. Sendo que, para a próxima versão, os pesquisadores querem chegar a 8 polegadas de largura.
Segundo Bhargav Gajjar, presidente da Vishwa Robotics, “os dispositivos de conversão e armazenamento de energia atualmente disponíveis que podem alimentar esses sistemas de armas assassinas de drones de longo alcance apresentam dois problemas. Eles são feitos de produtos químicos explosivos e são muito volumosos. Ambos os problemas tornam muito difícil integrar essas armas em navios, submarinos, veículos e sistemas não tripulados”
Essas baterias podem ser usadas em residências?
O pesquisador principal do projeto confirma que sim, é possível usar essa tecnologia para extrair energia e distribuir pela residência. Para confeccionar essas baterias, não há necessidade de materiais de difícil acesso, mas sim, de itens de baixo custo, que possibilitam a economia do produto feito.
Portanto, a bateria mecânica pode oferecer mais segurança aos oficiais da Marinha, no entanto, segundo Keith Pullen, da City University of London, esse objeto pode servir somente para os picos de energia. Para Pullen, a história de que esses pequenos discos produzam mais energia que as de íon de lítio é algo duvidoso. “Os volantes têm a reputação de serem perigosos, mas são mais seguros do que as baterias químicas, se projetados corretamente”, relata Keith.