Macacos paralisados foram capazes de andar novamente com implante cerebral. Humanos são os próximos

SoCientífica

Eletrodos implantados no cérebro e na coluna ajudaram macacos paralisados ​​a andar. Os neurologistas por trás do estudo relataram que os implantes restauraram a função nas pernas dos primatas quase que instantaneamente. As descobertas estão detalhadas na Nature

A medula espinhal do macaco foi parcialmente cortada, impossibilitando as pernas de se comunicarem com o cérebro. Para consertar a interface cérebro-coluna foram colocados eletrodos em partes fundamentais do corpo do macaco. Implantes foram colocados dentro do cérebro dele na parte que controla o movimento das pernas, junto com um transmissor sem fio posicionado fora do crânio. Eletrodos também foram colocados ao longo da medula espinhal, abaixo da lesão.

Um programa de computador decifrou os sinais cerebrais indicativos do movimento da perna e transmitiu os sinais para os eletrodos na coluna. Dentro de poucos segundos, o macaco estava movendo a perna. Em poucos dias, estava andando em uma esteira.

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Alain Herzog / Instituto Federal Suíço de Tecnologia (EPFL)

“O primata foi capaz de andar imediatamente quando a interface cérebro-coluna foi ativada. Nenhuma fisioterapia ou treinamento foi necessário”, disse Erwan Bezard, um dos autores do estudo.

De primata para primata

Este estudo é um enorme avanço – é a primeira vez que implantes ajudaram um primata a voltar a caminhar. Há muitas pesquisas para desenvolver tecnologia para pacientes paralisados, mas a maioria dos testes laboratoriais foram feitas em roedores apenas. “Parece que os princípios aprendidos em ratos estão servindo em primatas”, disse Jen Collinger, bioengenheira na Universidade de Pittsburgh.

Os resultados foram surpreendentemente positivos, mas os pesquisadores dizem que levará pelo menos uma década para ajustar a tecnologia para uso em humanos. Ainda assim, nossos corpos são muito semelhantes aos dos macacos, e os pesquisadores acreditam que a transição pode ser rápida.

Uma notícia emocionante sobre o estudo é que os componentes que os pesquisadores usaram são legais para uso humano na Suíça. O grupo suíço do estudo iniciou um ensaio clínico com oito pessoas com paralisia parcial das pernas.

Estamos todos ansiosos por mais desenvolvimento no estudo – uma inovação que pode mudar muito a vida de milhares de pessoas com lesões na medula espinhal.


De Patrick Caughill para o Futurism

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