7 dinossauros saurópodes incríveis que habitaram o Brasil

Descubra os gigantes pré-históricos que dominavam o território brasileiro.

Damares Alves
Imagem: Júlia D'Oliveira

Os saurópodes foram verdadeiros colossos dos tempos antigos. Espécies como o Maxakalisaurus topai, que habitavam o território brasileiro, impressionam não apenas pelo tamanho, que poderia ultrapassar os 13 metros de comprimento, mas também pela sua estrutura maciça e pescoços longuíssimos que lhes permitiam alcançar a vegetação mais alta.

Os saurópodes representam alguns dos maiores dinossauros que já caminharam pelo território brasileiro (e em todo o globo). Fósseis encontrados nos estratos do período Cretáceo da Formação Adamantina sugerem a presença de diversas espécies de titanossauros, ilustrando uma impressionante diversidade em seu ecossistema. Estes dinossauros herbívoros mostram a capacidade da vida em conquistar diferentes nichos, mesmo em tamanhos gigantescos. Dentre os saurópodes, alguns subgrupos alcançaram dimensões extraordinárias.

Conheça os alguns dos mais incríveis saurópodes que já caminharam em solo brasileiro:

1. Uberabatitan ribeiroi

A paleoarte representando um saurópode Uberabatitan ribeiroi
Imagem: Rodolfo Ribeiro

O Uberabatitan ribeiroi é uma espécie notável de dinossauro saurópode, pertencente ao grupo dos titanossauros, que habitou a região que hoje corresponde ao sudeste do Brasil durante o período Cretáceo Superior, há aproximadamente entre 75 a 70 milhões de anos atrás. Este gigante pré-histórico é conhecido por ser o maior dinossauro brasileiro já descoberto.

Como um típico saurópode, o Uberabatitan ribeiroi possuía um longo pescoço e cauda, e era quadrúpede. Sua estrutura corpórea era imensa, o que o classifica entre os maiores dinossauros herbívoros. A descoberta deste dinossauro em Uberaba, Minas Gerais, forneceu informações valiosas sobre a diversidade e ecologia dos titanossauros, um grupo que inclui alguns dos maiores dinossauros que já caminharam na Terra.

A importância do Uberabatitan ribeiroi não se limita apenas ao seu tamanho, mas também ao fato de ele ser um representante significativo da fauna de dinossauros do Cretáceo no Brasil, contribuindo para a compreensão da história paleontológica e evolutiva dos dinossauros no país e no mundo.

2. Austroposeidon magnificus

Paleoarte representando o saurópode  Austroposeidon magnificus
Imagem: Marcos Paulo

O Austroposeidon magnificus é mais um enorme saurópode descoberto no Brasil, podendo medir até 25 metros de comprimento, este gigantesco herbívoro viveu durante o período Cretáceo.

O Austroposeidon magnificus, assim como outros titanossauros, possuía características físicas como um longo pescoço e cauda, e um corpo maciço. A análise filogenética do Austroposeidon magnificus sugere que ele possa ser um grupo irmão dos Lognkosauria, uma linhagem de titanossauros notáveis por seu tamanho colossal.

A descoberta e estudo do Austroposeidon magnificus são cruciais para entender melhor os ecossistemas do Cretáceo na América do Sul e a história evolutiva dos saurópodes na região.

3. Maxakalisaurus topai

Reconstituição da vida do Maxakalisaurus topai
Reconstituição da vida do Maxakalisaurus topai Imagem: Orlando Grillo

O Maxakalisaurus topai é uma espécie fascinante de dinossauro saurópode que assim como vários outros saurópodes desta lista, viveu no sudeste do Brasil. Este dinossauro viveu durante o período Cretáceo e pertence à família dos titanossauros, conhecidos por seu tamanho colossal e longo pescoço. A descoberta do Maxakalisaurus topai é notável, pois foi o primeiro dinossauro de grande porte a ser completamente descrito e nomeado no Brasil.

Seu nome homenageia a tribo indígena Maxakali, que habita a região onde os fósseis foram encontrados. A característica mais distinta do Maxakalisaurus topai é sua dentição, com dentes serrilhados adaptados para uma dieta herbívora. Além disso, seu esqueleto inclui fragmentos do crânio e osteodermos (adornos grandes na pele), que fornecem insights valiosos sobre a anatomia e a biologia desses gigantes extintos.

Réplica do Maxakalisaurus topai exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro
Imagem: Museu Nacional / ufrj

Uma réplica da ossada do Maxakalisaurus topai, que media aproximadamente 13 metros de comprimento e pesava cerca de nove toneladas, está disponível no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

4. Gondwanatitan faustoi

Paleoarte representando um Gondwanatitan faustoi
Imagem: Luciano Vidal

O Gondwanatitan faustoi é uma espécie de dinossauro saurópode que pertence ao grupo dos titanossauros. Este dinossauro viveu durante o período Cretáceo e foi descoberto no Brasil. O nome “Gondwanatitan” significa “gigante de Gondwana”, referindo-se ao antigo supercontinente Gondwana, que incluía a massa continental da América do Sul.

O Gondwanatitan faustoi se destaca entre os sauropodes por suas características únicas. Embora os titanossauros sejam conhecidos por seu tamanho colossal, o Gondwanatitan era relativamente pequeno para o seu grupo, o que o torna um caso interessante de estudo na diversidade dos sauropodes. A espécie foi nomeada em homenagem a Fausto L. de Souza Cunha, um curador que liderou a escavação do sauropode, destacando a importância da colaboração e dedicação no campo da paleontologia.

A descoberta do Gondwanatitan faustoi contribui significativamente para o entendimento da diversidade e evolução dos sauropodes, especialmente na região sul-americana, durante o Cretáceo.

5. Adamantisaurus mezzalirai

A escultura de um
Adamantisaurus
A escultura em resina de um Adamantisaurus mezzalirai. Imagem: Ademar Pereira do Nascimento

O Adamantisaurus mezzalirai é uma espécie de dinossauro saurópode que pertence à família dos titanossauros. Medindo entre 12 e 15 metros de comprimento, o Adamantisaurus mezzalirai foi descoberto no Brasil, especificamente na Formação Adamantina do estado de São Paulo, este dinossauro viveu durante o período Cretáceo Superior, há cerca de 70 a 100 milhões de anos atrás.

Embora não seja tão amplamente conhecido como outros saurópodes, o Adamantisaurus mezzalirai representa um importante achado paleontológico. Ele foi nomeado em homenagem à cidade de Adamantina, onde seus fósseis foram encontrados, e ao paleontólogo italiano Giuseppe Mezzalira, reconhecido por seu trabalho na região.

O Adamantisaurus mezzalirai é conhecido principalmente por fragmentos de vértebras e outros ossos. Esses fósseis sugerem que ele era um animal de grande porte, característico dos titanossauros, um grupo conhecido por incluir alguns dos maiores animais terrestres que já existiram.

6. Antarctosaurus brasiliensis

Antarticassauros brasiliesis
Imagem: Felipe Alves Elias/Editora Peirópolis

O Antarctosaurus brasiliensis é uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede que viveu durante o período Cretáceo. Pertencente ao gênero Antarctosaurus, este dinossauro era parte da família dos saurópodes, conhecida por incluir alguns dos maiores animais terrestres que já existiram. O nome “Antarctosaurus” significa “lagarto do sul”, uma referência à sua distribuição geográfica no hemisfério sul, especificamente na região que hoje conhecemos como América do Sul.

A espécie brasiliensis do Antarctosaurus foi identificada no Brasil, como indica o seu nome científico. Estes dinossauros eram notáveis pelo seu tamanho massivo, com estimativas de peso chegando a cerca de 60 toneladas. Eles tinham um corpo robusto, com longos pescoços e caudas, adaptados para uma dieta herbívora de folhagem alta.

Embora os fósseis completos sejam raros, os fragmentos encontrados fornecem insights valiosos sobre a vida desses gigantes pré-históricos. O estudo do Antarctosaurus brasiliensis é importante para entender a diversidade dos saurópodes no Cretáceo e como eles se adaptaram ao ambiente da América do Sul naquela época.

7. Tapuiasaurus macedoi

Paleoarte representando o Tapuiasaurus macedoi
Imagem: Teratophoneus

Este dinossauro herbívoro era caracterizado por seu grande porte, com estimativas apontando para um comprimento de cerca de 13 metros e uma massa de aproximadamente 7 toneladas.

O nome “Tapuiasaurus” faz referência aos antigos habitantes da região onde este saurópode foi descoberto, os Tapuias, enquanto “macedoi” homenageia o paleontólogo brasileiro Giuseppe Leonardi Macedo, que fez importantes contribuições para o estudo da paleontologia no país.

O Tapuiasaurus macedoi representa uma peça fundamental no quebra-cabeça da história dos dinossauros no Brasil e no mundo, ajudando os cientistas a reconstruir o passado pré-histórico com maior precisão e detalhamento.

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