O vulcão Stromboli lançou toneladas de cinzas, a centenas de metros de altura na Itália. Não é algo incomum, já que está em atividade há pelo menos 2.000 anos, ganhando o apelido de “farol do Mediterrâneo”. Aliás, é considerado um dos mais ativos do mundo, localizado no arquipélago das Eólias, na costa norte da Sicília.
O Stromboli teve uma erupção violenta, diferente do que vinha apresentando recentemente. As câmeras do Istituto Nazionale Geofisica e Vulcanologia (INGV) conseguiram flagrar todo os detalhes dessa avalanche de cinzas superaquecidas, fragmentos de lava e ainda gás fluindo colina abaixo.
Vulcão italiano ainda causa dúvidas no pesquisadores
Normalmente o vulcão apresenta atividades de baixa energia, sem muita consistência. Contudo, essa erupção realmente foi diferente das demais, levando mais uma vez o Stromboli a contrariar as tendências, em eventos conhecidos como paroxismos de Stromboli. Então, tem esse nome quando a erupção é muito maior do que o normal.
Um artigo publicado na revista Scientific Reports avaliou 180 paroxismos do vulcão ao longo dos últimos 140 anos. Os pesquisadores não conseguiram determinar todas as condições que levam a uma enorme erupção, por outro lado, a análise das estatísticas pode mostrar qual é a probabilidade de um novo evento deste acontecer.
Os pesquisadores conseguiram identificar que os paroxismos acontecem em grupos. Assim, eles imaginam que existe 50% de chance de acontecer um segundo nos próximos 12 meses e 20% de chance nos dois meses seguintes ao acontecido. Além disso, é de 10% a chance de o vulcão retornar a sua rotina normal pelos próximos 10 anos.
O verão de 2019 foi recheado por grandes explosões, uma delas causou a morte de um alpinista, atingido pelos destroços ejetados pelo gigante em chamas. Contudo, não está claro se a tendência é de um agrupamento mais próximo de paroxismos ou se esse é um surto isolado nas erupções.
Com informações de Smithsonian Magazine.