Supervulcão ameaça toda a humanidade e pode entrar em erupção em breve

Erik Behenck
Supervulcão é um desafio para a ciência. Foto: iStock

Quem conhece os cenários tranquilos do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, nem imagina a enorme quantidade de magma que existe nas profundezas da região. Conforme cientistas da Nasa, além de belas fontes termais, o local também traz uma das maiores ameaças à vida humana, já que pode vir a formar um supervulcão.

Além deste, existem outros parecidos em diferentes partes do nosso planeta, por isso é tão importante que os pesquisadores busquem soluções. Aliás, uma delas é utilizar a água para diminuir a temperatura deles.

A força do supervulcão

Atualmente são conhecidos aproximadamente 20 supervulcões espalhados pela Terra, sendo que as maiores erupções acontecem em média uma vez a cada 100 mil anos. Dessa maneira, alguns cientistas acreditam que essa condição pode causar dificuldades para a produção de alimentos em quantidades suficientes para alimentar a população global.

No momento em que os pesquisadores da Nasa encontraram o problema localizado nos Estados Unidos, imaginaram que uma das melhores soluções era resfriar o supervulcão. Aliás, o vulcão de Yellowstone é um enorme gerador de calor, superior a seis usinas industriais juntas. Mas, hoje em dia ele vem apresentando entre 60% e 70% de todo o calor que vem de baixo para a atmosfera.

O calor do supervulcão pode ser percebido principalmente por meio da água que penetra na câmara de magma por meio das rachaduras. Além disso, o que sobra fica acumulado dentro do magma, possibilitando que seja dissolvido cada vez mais, nos momentos em que a erupção atinge certo nível.

Se um supervulcão entrar em erupção, ele será muitas, muitas vezes mais poderoso que este vulcão indonésio (Crédito: Getty Images)
Se um supervulcão entrar em erupção, ele será muitas, muitas vezes mais poderoso que este vulcão indonésio (Crédito: Getty Images)

Ameaça maior do que um asteroide ou cometa

Se existe algo que ameaça toda a humanidade, é esse supervulcão que pode entrar em erupção em breve. Conforme a Nasa, uma das ideias é extrair o calor em excesso, para que ele nunca entre em erupção. A expectativa é que aumentando em 35% a transferência de calor, o vulcão de Yellowstone já não seria mais uma ameaça.

Porém, até o momento ainda não possuem uma boa resposta sobre como isso seria feito, já que é uma operação complicada. Assim, uma das alternativas levantadas é aumentar a quantidade de água no supervulcão, mas seria difícil conseguir sancionar uma lei que permita isso.

Astronautas da Estação Espacial Internacional têm uma vista impressionante quando um supervulcão entra em erupção (Crédito: Nasa / Getty Images)
Astronautas da Estação Espacial Internacional têm uma vista impressionante quando um supervulcão entra em erupção (Crédito: Nasa / Getty Images)

A NASA tem um plano ambicioso para lidar a situação

Com um investimento para o projeto seria de 3,46 bilhões, a NASA planeja perfurar até 10 km no supervulcão e bombear água em alta pressão. Com isso, o líquido no interior do gigante de lava retornaria a uma temperatura em torno de 350ºC, ajudando a extrair o calor do supervulcão.

O projeto para resfriar Yellowstone funcionará de maneira bem lenta, por isso os desenvolvedores do projeto não devem participar de sua conclusão. Assim, ele deve resfriar um metro por ano, levando milhares de anos para que se torne um rocha fria.

Ainda assim, é preciso buscar maneiras de evitar uma catástrofe a longo prazo. “Com um projeto como esse, você iniciaria o processo e o principal benefício contínuo que veria no dia a dia é esse novo suprimento de energia elétrica”, diz Wilcox.

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