A Terra aparece inspirando e expirando em uma nova animação que demonstra a absorção e liberação do carbono conforme as estações mudam.
A terra em animação
Os continentes parecem se esvaziar durante o verão, o que indica horários e lugares onde a vegetação está crescendo e, como consequência, as plantas sugam o dióxido de carbono da atmosfera. Já no inverno, os continentes inflam, pois a vegetação morre e o carbono é liberado.
Tais mudanças são marcantes na Europa continental e na América do Norte, lugares de latitudes temperadas que possuem diferenças sazonais mais profundas.
Ao contrário das regiões equatoriais, que não mudam muito ao longo do ano, enquanto algumas regiões desérticas Terra, que possuem vegetação esparsa, não armazenam nem liberam muito carbono.
A importância das plantas
Os dados da animação vêm de observações feitas por satélite e centenas de estações de monitoramento de carbono em todo o mundo, afirma Markus Reichstein, diretor do Departamento de Integração Biogeoquímica do Instituto Max-Pl
“A visualização é realmente apenas um projeto divertido”, disse Reichstein.
A animação mostra uma valiosa parte do ciclo do carbono, ou fluxo de carbono. Ele pode ser liberado na atmosfera através da decomposição de matéria orgânica e pela erosão de rochas com o composto de carbono. Além disso, ele é absorvido pelos oceanos e plantas, que a utilizam na fotossíntese.
Ela ressalta a importância das plantas para a Terra, mostrando que lugares repletos de plantas, como a Amazônia, absorvem uma grande quantidade de carbono nos verões.
O oceano não foi incluído na animação porque, apesar de absorver carbono, não demonstra fortes padrões sazonais, segundo Reichstein. Ele ainda reafirma que a mudança climática está causando uma grande alteração no padrão de crescimento da vegetação em todo o mundo. Por isso, o fluxo de carbono para dentro e para fora da biosfera também está mudando.
Mas as mudanças são pequenas para aparecer nesta visualização, diz Reichstein. Contudo, os impactos são diferentes em cada parte do mundo.
Por exemplo: os verões mais longos e quentes do Hemisfério Norte provavelmente serão bons para o crescimento das plantas. Contudo, onde o aquecimento virá com falta de chuva, as mudanças irão restringir o crescimento das plantas.
“Este ciclo de carbono e como ele muda de mês para mês nos diz muito”, disse Reichstein. Entretanto, ao falarmos do impacto social, as florestas são essenciais para a saúde do planeta. Em pesquisas recentes, a Amazônia liberou mais carbono por ano do que absorve, devido ao desmatamento e incêndios.
“Basicamente está mostrando o quão importante é proteger os sumidouros de carbono”, disse ele.
