Graças às escavações lideradas pela Universidade de Milão e Conselho Supremo de Antiguidades (SCA), pesquisadores descobriram uma grande tumba familiar contendo 20 múmias do período greco-romano na região do Aswan, no Egito.
A identificação dos artefatos ocorreu durante estudos da área ao redor do Mausoléu de Aga Khan III. Sendo que essa construção existe desde 1956 e localiza-se numa antiga necrópole, que contem muitos túmulos, datados do século VI aC ao século IV dC.
Como era a tumba que guardava as múmias?
Assim, durante as escavações, os arqueólogos identificaram uma tumba, e chamaram-na de “AGH032”. Porém, é provável que ladrões saquearam esse túmulo durante a antiguidade e, assim, provocando o desaparecimento de outros possíveis achados no local.
A descoberta foi excepcional, visto que uma estrutura retangular escondia a tumba e a mesma também apresentava vestígios de queimadas, dificultando sua identificação. Em seu interior, os pesquisadores encontraram aterro de ossos de animais, fragmentos de cerâmica, mesas de oferendas e placas inscritas em hieróglifos.
Na sala de entrada da tumba, havia um sarcófago de terracota contendo a múmia de uma criança e uma cartonagem. Sendo esta um tipo de máscara funerária egípcia antiga feita de camadas de linho ou papiro cobertas com gesso.
Na sequência, também há quatro câmaras funerárias escavadas na rocha. E, por fim, na parte leste da estrutura, encontraram outra múmia junto com um colar de cobre e uma placa gravada em grego que menciona o nome “Nikostratos”.
No entanto, infelizmente, em grande parte desses sepultamentos haviam evidências de saques. Principalmente das bandagens, usadas no processo de mumificação, e também das cartonagens, uma vez que existiam diversos fragmentos das mesmas espalhadas pela tumba.
Em resumo, por meio do levantamento da área, os estudiosos identificaram as demais múmias. Ao final, numerosos sarcófagos bem preservados feitos de pedra ou argila que datam do período faraônico tardio ao período romano.