Após os anos 1800, as Ilhas Galápagos passaram a receber centenas de visitantes, de baleeiros a bucaneiros. Já no início de 1900, após um século de exploração, boa parte da fauna das ilhas acabou extinta, dentre elas a Tartaruga Gigante de Fernandina. Todavia, pesquisadores acabam de encontrar uma fêmea da espécie vivendo na ilha, após 112 anos da suposta extinção.
A tartaruga gigante, que recebeu o nome de Fernanda em homenagem à sua terra natal, provavelmente tem algo em torno dos 100 anos de idade. Ou seja, ela nasceu alguns anos após o avistamento do que seria o último exemplar da espécie, em 1906. Nesse ano, pesquisadores da California Academy of Sciences registraram o membro da espécie, que foi considerada extinta após a morte do animal.
Na verdade, pesquisadores do Parque Nacional de Galápagos encontraram a tartaruga Fernanda ainda em 2019, já suspeitando que ela seria de uma espécie rara. Análises de DNA, então, foram feitas pela Universidade de Yale, nos EUA e agora confirmaram a espécie do animal. Contudo, apesar dos pesquisadores terem encontrado apenas a fêmea, pode haver uma esperança para as Tartarugas Gigantes de Fernandina (Chelonoidis phantasticus).
Repovoamento da tartaruga gigante
A fêmea da espécie não foi a única descoberta interessante durante a expedição à Ilha Fernandina, contudo. Pesquisadores localizaram também rastros e fezes de pelo menos outros dois animais diferentes da mesma espécie.
Dessa forma, novas expedições devem buscar pelos outros animais nos terrenos vulcânicos de Fernandina. Nesse sentido, a exploração do terreno pode ser bastante difícil, já que o vulcão presente na ilha ainda tem atividade relativamente frequente. Todavia, a equipe de conservação das Ilhas Galápagos lançou um financiamento coletivo para ajudar na procura por outros membros da espécie.
Caso um macho dê as caras na ilha, a esperança cresce ainda mais. Isso porque as autoridades do Equador pretendem levar Fernanda e um macho para o cativeiro do parque, buscando que os animais gerem um filhote. Isso para evitar casos como o da tartaruga Lonesome George, que morreu em 2012 sem deixar descendentes – sendo o último animal da espécie.
Existem, por conseguinte, diversas espécies de tartarugas gigantes nas Ilhas Galápagos. Quase a totalidade delas são endêmicas. Ademais, estimativas mostram que apenas 10% a 15% do número de animais ainda habita as ilhas, em torno de 60.000 tartarugas gigantes dentre todas as espécies.
Além do mais, as Ilhas Galápagos abrigam centenas (e possivelmente milhares) de outras espécies únicas de plantas e animais.
Com informações de Live Science.