A taxonomia é uma das infinitas subáreas da biologia que tem como objetivo a classificação dos organismos biológicos. Para além da decoreba, a taxonomia é essencial para entender como a vida evolui e o quão diversa ela é. Os reinos e domínios são as maiores classificações da taxonomia e aqui vamos discutir o que eles são, afinal.
Um domínio é a classificação mais abrangente que temos hoje na biologia. Nesse sentido, existem três domínios onde é possível agrupar quase todos os seres vivos conhecidos: Eukarya, Archea e Bacteria.
Todas as classificações da biologia, vale ressaltar, se baseiam em semelhanças e diferenças entre organismos. Estas podem ser genéticas, morfológicas ou fisiológicas, por exemplo.
O domínio Eukarya, por conseguinte, engloba os eucariotos. Esses são todos os organismos que possuem um envoltório nuclear protegendo seu material genético. Já o domínio Archea fez parte, por muito tempo, do domínio Bacteria. Contudo, pesquisadores perceberam que as arqueas têm diferenças em suas organelas e membranas que as diferenciam das bactérias.
As arqueas são microrganismos procariotos (sem envoltório nuclear) que são comumente extremófilos. Ou seja, estes organismos suportam condições ambientais extremas de temperatura, salinidade, pH, etc., a depender da espécie.
As bactérias, por fim, são um domínio bastante amplo de organismos também procariotos que têm poucas organelas e podem ter as mais diversas formas celulares. Muitas são parasitas, como a Leptospira sp, que causa a leptospirose. A maioria, contudo, é de vida livre ou simbiótica.
Entendendo a divisão dos reinos
Reinos e domínios são duas classificações propostas por pesquisadores diferentes, em momentos diferentes. Assim elas não são exatamente complementares e alguns organismos ficam em zonas intermediárias dos reinos biológicos.
De qualquer forma, os reinos são cinco: Animalia (Animal), Plantae (Vegetal), Fungi, Protista e Monera.
O reino Animal cobre organismos eucariotos, multicelulares e que dependem do consumo de outros organismos – como plantas – para sua alimentação. Aqui estão presentes animais como esponjas, vermes, insetos, aves e mamíferos.
Plantae é o reino que engloba todos os vegetais. Ou seja, organismos multicelulares capazes de produzir carboidratos a partir da fotossíntese. Para tanto as células vegetais possuem os cloroplastos – organelas fotossintetizantes – além de uma parede celular de celulose.
Frequentemente cogumelos são confundidos com plantas. Contudo, os cogumelos pertencem ao reino Fungi, que abriga organismos uni ou multicelulares, heterotróficos (fungos não fazem fotossíntese) e com uma parede celular, geralmente feita de quitina.
Os Protistas são talvez um dos grupos mais versáteis em questão de organização celular. Dentro deste reino estão os protozoários, organismos unicelulares bastante parecidos com células animais, e as algas, uni ou pluricelulares e semelhantes às plantas. Algas, todavia, não formam tecidos como os vegetais.
Por fim, o reino monera é praticamente equivalente à junção dos domínios Archea e Bacteria, abrigando os organismos já citados nele. Estes são seres unicelulares, procariontes que podem ser autotróficos ou heterotróficos.
E os vírus?
Como dito no começo deste artigo, a taxonomia como descrita aqui engloba quase todos os seres vivos. Acontece que ainda não existe um consenso científico que defina se os vírus são seres vivos ou não.
Isso ocorre principalmente porque os vírus são acelulares, ou seja, não possuem células. Daí a dificuldade de classificá-los, já que boa parte da taxonomia se baseia em características das células.