O Monte Etna cresceu 30 metros nas últimas cinquenta erupções. Sendo o vulcão mais ativo e alto da Europa, agora está ainda maior, conforme revelaram imagens feitas por satélite. A margem de erro pode ser de três metros para mais ou para menos.
A mais jovem dentre as quatro crateras do cume do Etna (cratera sudeste), se tornou a parte mais longa do vulcão, elevando-se a 11.013 pés, equivalente a 3.357 metros acima do mar. De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), esta é a cratera mais alta já registrada na história.
O Monte Etna cresceu 30 metros ao longo de seis meses por conta das erupções constantes, que se iniciaram em 16 de fevereiro. Este fenômeno levou a uma “transformação conspícua da forma do vulcão”, relatou o INGV em um comunicado traduzido divulgado em 10 de agosto. Entre os dias 13 e 25 de julho, contudo, cientistas analisaram as imagens da Terra por meio de satélites plêiades, responsáveis pelos registros.
Monte Etna cresceu gradativamente ao longo das décadas e já foi um vulcão submarino
Dentro dos últimos 40 anos, a cratera nordeste era considerada a mais alta, mas depois que o Monte Etna cresceu trinta metros no semestre passado, a sudeste ‘roubou’ este título. Quando a cratera nordeste entrou em erupção, no início da década de 1980, atingiu a incrível marca de 10.990 pés (3.350 metros). Entretanto, essa altura foi diminuindo ao longo do tempo, onde no verão de 2018, por exemplo, media 10.912 pés, ou seja, 3.326 metros.
Acredita-se que o Monte Etna começou como vulcão submarino, e a cada erupção foi crescendo acima do nível do mar, aumentando sua altura com lava solidificada, conforme apontou o Observatório da Terra da NASA. Agora, ele está coberto por fluxos de lava históricos de erupções, que aconteceram cerca de 300.000 anos atrás. O Monte Etna cresceu trinta metros nos últimos seis meses, e você pode vê-lo em 3D, de modo virtual, clicando aqui.
A potência das erupções é tão grande, que moradores de Catânia, cidade há duas horas de distância, relatam que as cinzas do Monte Etna caem como chuva. “Dependendo do vento, os estrondos do vulcão chegam à Catânia e fazem tremer as janelas”, contou um deles.
“Mas também há aquele espetáculo, especialmente à noite, quando se vê a pluma vermelha a mover-se”, concluiu outro.