Recentemente, o rover Perseverance fracassou na missão de coletar uma amostra de rocha no planeta vermelho, mas a NASA parece que já resolveu essa questão. Mais especificamente na semana passada, ele tentou realizar a sua primeira coleta, mas o tubo saiu vazio. Ao redor da demarcação, haviam uma pilha de ‘estacas’ da broca e um buraco do tamanho de um dedo, entretanto, os cientistas não localizaram nenhuma amostragem.
Após analisarem todos os dados e fotos por longos dias, a equipe do Perseverance descobriu o mistério da amostra de rocha. Segundo os resultados que obtiveram através das pesquisas, o material se desfez em pó ou pequenos fragmentos, por isso ‘desapareceu’.
“Parece que a rocha não era robusta o suficiente para produzir um núcleo”, disse Louise Jandura, engenheira-chefe do sistema de amostragem, em um blog da NASA, na quarta-feira. “O material do núcleo desejado está provavelmente no fundo do buraco, na pilha de cascalhos ou em alguma combinação de ambos”, completou.
Agora, os cientistas envolvidos no projeto estão planejando enviar o Perseverance para uma área arenosa, chamada Seitah. Sendo assim, pretendem colher, no próximo mês, um tipo diferente de amostra de rocha. “O hardware funcionou conforme comandado, mas a rocha não cooperou. Isso me lembra mais uma vez da natureza da exploração”, escreveu Jandura. “Um resultado específico nunca é garantido, não importa o quanto você se prepare para que isso aconteça”.
Cientistas pretendem investigar a amostra de rocha para descobrir sobre a vida microbiana de Marte
A primeira tentativa fracassada não quer dizer que estão utilizando a técnica errada, pois o Perseverance realizou todas as etapas de maneira correta. O rover limpou a poeira e as camadas da superfície do alvo com uma abrasão, e estendeu seu braço de 2,10 metros de comprimento. “Esta ferramenta usa uma broca percussiva para empurrar uma broca de núcleo oca na rocha, e essa broca foi feita conforme planejado”, explicou ela.
O tubo da amostra de rocha vazio é apenas um dos 43 que o Perseverance carrega, que fazem parte da base da missão principal do rover em Marte, que é explorar uma região chamada Cratera de Jezero.
Nessa atividade de pesquisa, a NASA já investiu mais de 2 bilhões de dólares, e com os resultados obtidos, os planos agora são ainda maiores. Dentro da próxima década, os cientistas pretendem recuperar as amostras e trazê-las de volta à terra, pois assim conseguirão investigar a vida microbiana do planeta vizinho.
