O Sayh al Uhamiyr 008 ou SaU 008 é uma rocha espacial que foi lançada de Marte por um impacto entre 600 mil e 700 mil anos atrás. Mas, décadas depois dele ter caído na Terra, será levado novamente para sua antiga casa. A NASA vai devolver o meteorito ao planeta vermelho em uma missão que começa na quinta-feira, 30.
Em 1999 ele foi descoberto em Omã e atualmente faz parte da coleção do Museu de História Natural de Londres, onde está desde 2000. Por milhares de anos esse pedaço de rocha marciana percorreu o Sistema Solar, até cair na Terra. Mas, por que ele será levado de volta?
NASA pretende levar meteorito ao planeta vermelho
O meteorito será levado de volta para a sua casa com a missão do robô Perseverance. Assim, em Marte a rocha deverá ser utilizada por um instrumento do rover chamado SHERLOC (ambientes habitáveis de digitalização com Raman e luminescência para produtos orgânicos e químicos, na sigla em inglês). Assim, vai servir para teste de calibragem do local.
É comum que os meteoritos do Museu de Londres viagem pelo mundo, mas esta será a primeira vez que um deles deixa o planeta Terra. O SHERLOC é um instrumento que combina uma câmera, um espectrômetro de fluorescência e um laser de alta precisão. Tudo isso na busca por moléculas orgânicas, minerais e algum sinal de vida alienígena.
Os pesquisadores acreditam que calibrar o equipamento com o meteorito SaU 008 já em Marte confirmará que o SHERLOC está funcionando normalmente e poderá avaliar amostras de rochas marcianas.
“A peça que estamos enviando foi escolhida especificamente porque é o material certo em termos de química, mas também é uma rocha muito resistente. Alguns dos meteoritos marcianos que temos são muito frágeis. Esse meteorito é tão resistente quanto botas velhas”, disse a principal curadora dos meteoritos e membro da missão, Caroline Smith.
Ainda segunda ela, o estudo da amostra durante a missão possibilitará novos descobrimentos, indicando como funcionam as interações químicas entre a superfície marciana e a sua atmosfera.
Com informações de Live Science.