O Cheddar Man mostra que a pele branca na Inglaterra pode ser um fenômeno recente.
O “Cheddar Man”, ou o “Homem de Cheddar”, um dos mais antigos humanos da Inglaterra com de 10.000 anos, obteve uma nova face graças à reconstituição com base em sequenciamento genético. Os restos mortais do Homem de Cheddar foram encontrados na caverna de Gough em Cheddar Gorge, um desfiladeiro ao sul de Bristol e Bath, perto da aldeia de Cheddar, Somerset, no Reino Unido — e revelaram que ele tinha olhos azuis e pele e cabelo escuros.
![Cheddar Man: um dos mais antigos humanos da Inglaterra que não tinha a pele clara.](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2018/02/merlin_133414058_1130717b-287f-4773-b390-a46eee5e32df-master768.jpg)
O sequenciamento do DNA antigo ainda não publicado, segundo a Science, do esqueleto quase completo deste indivíduo mostrará que ele não tinha variantes genéticas para a pele clara que se espalhou mais tarde nos europeus, segundo pesquisadores do Museu de História Natural de Londres, que revelaram essa nova reconstrução; esses pesquisadores dizem, contudo, que um artigo científico estará chegando no final deste mês com os resultados do sequenciamento.
![Os cientistas revelam uma face para 'Homem de Cheddar', um dos mais antigos humanos modernos da Inglaterra. Fonte: Jonathan Brady/PA/AP Images / Science](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2018/02/cheddar-man-briton-2_resize_md.jpg)
Os pesquisadores já sabiam que alguns europeus desta época tinham uma pele escura e olhos azuis, mas o Homem de Cheddar revela que os pressupostos anteriores de que os primeiros habitantes das ilhas britânicas tinham uma pele e um cabelo mais leves estavam errados — e esses traços não se espalharam pela Inglaterra até 4.800 anos atrás ou mais.
Fonte: Science.