Graças aos esforços de alguns pesquisadores, finalmente a comunidade científica pôde observar o rosto de um dos mais antigos faraós do Egito. Segundo os relatos históricos, o faraó Akhenaton era o pai do rei Tut e teve a sua face revelada, após uma reconstrução computadorizada.
A reconstrução facial do faraó Akhenaton
O trabalho teve início após a descoberta de uma múmia encontrada em 1907, localizada pelos pesquisadores, em um cemitério próximo ao túmulo onde o rei Tut, também conhecido como o menino rei, fora enterrado. No Vale dos Reis, os estudiosos estavam trabalhando sem parar, para tentar descobrir a quem pertencia os restos mortais encontrados perto do rei e qual seria a sua relação para com ele.
![vale dos reis](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2021/04/vale-dos-reis.jpg)
Segundo os relatos de Mindy Weisberger, no Live Science, o trabalho de reconstruir o rosto em 3D dessa múmia, que até aquele momento era identificada como KV55. Tal obra ficou sob a responsabilidade dos especialistas do Centro de Pesquisa em Antropologia Forense, Paleopatologia e Bioarqueologia (FAPAB) na Sicília.
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Além dessa equipe, a reconstituição do faraó Akhenaton teve a participação ilustre de Cícero André da Costa Moraes, um famoso especialista nessa área, que também ajudou a desvendar as semelhanças de dois duques tchecos medievais.
Para reconstruir o crânio, os especialistas utilizaram dados e imagens já publicados acerca deste governante, enquanto para a adição de pele, olhos, os depósitos de gordura e músculos faciais, foram feitos usando uma técnica conhecida como o método Manchester. De acordo com o diretor FAPAB e co-fundador Francesco Galassi, “os músculos e ligamentos foram inspirados no modelo crânio acordo com as regras de anatomia. A pele é colocada em cima disso, e as espessuras do tecido são valores médios que foram determinados cientificamente”.
![faraó Akhenaton](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2021/04/farao-Akhenaton-kv55.jpg)
Resultado da reconstituição de KV55
Após trabalha ter sido concluído com sucesso, as características obtidas por meio da reconstrução foram de um homem com pele bronzeada, olhos cor de amêndoas e uma mandíbula proeminente. Como sabemos, os faraós eram reconhecidos pela quantidade de adornos que utilizam, no entanto, durante a reconstrução, os pesquisadores optaram por deixar o faraó Akhenaton sem acessórios.
![faraó Akhenaton](https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2021/04/farao-akhenaton-filhos-829x700.jpeg)
Os ossos encontrados revelam que o governante faleceu com 26 anos de idade, mas nada concretizado. Portanto, existem teorias que levam a crer que o jovem poderia ter entre 19 e 22 anos de idade. Em outras controvérsias, há quem acredite que o faraó veio a falecer somente aos 40 anos de idade.
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Os dados que compactuam para sua morte aos 40 anos são provenientes da seguinte lógica: começou seu reinado como um jovem adulto, e não como uma criança. Porém, isso é apenas uma suposição criada pelos especialistas.
O reinado desse governante durou de 1353 até 1336 a.c. Na tumba onde estava KV55, os arqueólogos também encontraram outros artefatos, tais como: tijolos inscritos com o seu nome escrito, bem como um sarcófago e jarros canópicos associados a Kia, a concubina do faraó Akhenaton.
Com informações de Live Science e Smithsonian Magazine.