Os ratos de crista africanos são criaturas aparentemente adoráveis, mas são altamente venenosos. A pele deles possui uma toxina tão poderosa que apenas alguns miligramas são letais o suficiente para matar uma pessoa.
Pode até enganar, mas é fatal
O rato de crista africano (Lophiomys imhausi) vive nas regiões do nordeste de África. Apesar de parecer dócil e adorável, a criatura pode ser fatal. Devido a vários relatos de cães que morreram ao tentarem mordê-lo, pensava-se que era venenoso. Após muito tempo, cientistas descobriram que de fato o animal carrega um veneno.
Na realidade, esses ratos não produzem o veneno sozinhos. Em vez disso, eles pegam a substância de uma planta venenosa mastigando a casca, misturando a toxina com sua saliva e depois passando o líquido para os pelos.
Algumas espécies de mamíferos, como musaranhos, toupeiras e morcegos vampiros, possuem uma saliva tóxica, enquanto outras espécies obtêm o veneno de outra forma. Os Lorises, por exemplo, fermentam o veneno misturando saliva com uma secreção de suas axilas. Mas o rato de crista é o único mamífero que obtém o veneno diretamente das plantas.
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Veneno de casca de árvore
Esses ratos foram descritos pela primeira vez em 1867, e há muito tempo eram suspeitos de serem venenosos. Mas devido à dificuldade de captura desses animais, pouco se sabia sobre seus hábitos e sobre suas defesas.
Em 2011, biólogos publicaram pesquisas propondo que o veneno tinha origem na casca de uma árvore venenosa. Essa árvore contém compostos altamente tóxicos para a maioria dos mamíferos. Doses muito pequenas têm utilidade em medicamentos para o coração, mas quantidades maiores podem causar vômitos, convulsões, dificuldades respiratórias e até parada cardíaca.
Apenas o contato oral com os pelos desses ratos pode ser fatal. De fato, existem sim registros de cães que já morreram após atacar esses animais.
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Curiosidades sobre o rato de crista
Os cientistas também ficaram surpresos ao saber que os ratos vivem monogamicamente em pares de macho e fêmea, passando mais de 50% do tempo de vida juntos e se comunicando com sons desde guinchos e ronronados.
Como o rato de crista raramente é avistado na natureza, os cientistas ainda estão incertos sobre o número de indivíduos e o estado de conservação. Mas, com os humanos invadindo cada vez mais o habitat do animal, os riscos de ameaça à sua preservação aumentaram na última década.
Informações de Live Science.