Fóssil enorme de ‘dragão do mar’ descoberto na Inglaterra

Mateus Marchetto
Imagem: Anglian Water/Leicestershire and Rutland Wildlife Trust/Matthew Power Photography

Paleontólogos ingleses descobriram e escavaram o maior e mais completo fóssil de um ictiossauro da Inglaterra. Especialistas em conservação encontraram o fóssil enorme no menor condado da Inglaterra, Rutland.

Os ictiossauros foram grandes e diversos répteis marinhos que apareceram pela primeira vez há aproximadamente 250 milhões de anos. Apesar de terem acabado extintos há 90 milhões de anos, as várias espécies de ictiossauros dominaram os oceanos do planeta e tinham os mais variados tamanhos.

O novo fóssil descoberto em uma reserva entre Rutland e Leicestershire não foi o primeiro a aparecer no local. Contudo, o ‘dragão do mar’ – como são coloquialmente chamados os ictiossauros – foi certamente o mais notório dos fósseis.

Com dez metros de comprimento, o ictiossauro de Rutland não é apenas o maior do Reino Unido, mas também o mais completo dos ictiossauros da região. Estimativas indicam que o bloco de rocha que contém o crânio pesa ao menos uma tonelada, enquanto o resto do corpo pesa 1,5 toneladas.

A espécie do bicho, por conseguinte, já é conhecida. O dragão do mar era um Temnodontosaurus trigonodon que viveu na área da reserva quando Rutland estava embaixo d’água, há 180 milhões de anos.

A descoberta deste ‘dragão do mar’

Joe Davis é um especialista em conservação trabalhando na reserva Leicestershire and Rutland Wildlife Trust. Paul Trevor, outro especialista da reserva, estava com Davis durante uma caminhada no local, quando o fóssil enorme foi identificado.

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Joe Davis ao lado do ‘dragão do mar’. Imagem: Leicestershire and Rutland Wildlife Trust.

No vídeo acima, Trevor conta que pensou que as estruturas estranhas fossem canos enterrados ou qualquer coisa do tipo. Contudo, Joe Davis já identificara alguns fósseis de golfinhos e baleias anteriormente e, de pronto, identificou que a estrutura era algo “mais orgânico”.

Assim, Davis entrou em contato com outros especialistas e gestores da reserva logo após a descoberta, em janeiro de 2021. Uma equipe de cientistas então conduziu as escavações entre agosto e setembro do ano passado. As estruturas parecidas com canos eram, na verdade, vértebras tubulares altamente conservadas do fóssil enorme.

Ainda não há pesquisas científicas sobre o novo fóssil, mas a equipe de cientistas continuará trabalhando com o fóssil e deve publicar um artigo em breve. Até lá, a descoberta irá ao ar na série britânica Digging for Britain, a partir do dia 11 de janeiro.

Com informações de Leicestershire and Rutland Wildlife Trust.

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