Para a sua última refeição, um antigo réptil marinho, um ictiossauro pode ter exagerado no tamanho de seu jantar.
O ictiossauro é um réptil marinho parecido com um golfinho, tentou se alimentar com um monstro marinho um pouco menor, um talattossauro, temível réptil marinho parecido com um lagarto que viveu durante a última parte do período Triássico.
Como foi o ataque ao réptil marinho?
Os pesquisadores explicaram que o ictiossauro pode ter atacado e matado o talattossauro antes da ingestão, mas também é possível que esse réptil marinho estivesse apenas comendo os restos do talattossauro.
O ictiossauro tinha quase 5 metros de comprimento, mas a sua barriga tinha os restos de seu réptil semelhante a um lagarto que tinha quase o mesmo comprimento: 4 metros.
Esta é a presa mais antiga conhecida de um réptil marinho da era dos dinossauros.
Pode também ser a evidência direta mais antiga de um réptil marinho comendo um animal maior que um humano, relatam os pesquisadores.
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Na verdade, este talattossauro em particular pode ter sido uma refeição maior do que o ictiossauro pudesse aguentar e ele morreu após engoli-lo.
Os restos do talattossauro mostram poucas evidências de degradação pelo ácido estomacal, sugerindo que o ictiossauro morreu logo após sua enorme refeição.
Os pesquisadores também acreditam que o ictiossauro provavelmente caçou essa refeição.
Ainda mais, os membros do réptil marinho talattossauro estavam pelo menos parcialmente presos ao corpo, enquanto a sua cauda estava descoberta a cerca de 20 metros de distância.
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Estudos sobre como os corpos se decompõem embaixo d’água sugerem que se o talattossauro fosse uma carcaça quando o ictiossauro o encontrou, os membros da presa teriam apodrecido antes da cauda.
Então, a suspeita é que matar e comer o talattossauro pode ter causado a morte do ictiossauro.
Quais as descobertas sobre o réptil marinho?
Os dentes cegos do ictiossauro sugeriam que a alimentação dele fosse a base de presas pequenas e macias, como os cefalópodes.
Agora, as evidências realmente sólidas mostravam que esses dentes podem ser usados para comer algo grande, diz Ryosuke Motani, paleobiólogo da Universidade da Califórnia.
Isso significa que as outras espécies com dentes semelhantes podem ser megapredadoras também.
Motani e seus colegas examinaram o esqueleto quase completo de um ictiossauro adulto desenterrado no sudoeste da China em 2010.
O réptil, do gênero Guizhouichthyosaurus, viveu durante o período Triássico há cerca de 240 milhões de anos.
Os pesquisadores encontraram esse fóssil notável no outono de 2010, enquanto cavavam em uma pedreira na Formação Falang, província de Guizhou, sudoeste da China.
A conclusão foi que megapredadores ferozes não precisavam necessariamente ter dentes afiados e cortantes para serem perigosos, observou Motani.
Talvez, eles usassem seus dentes para agarrar a presa e quebrar a espinha com a força da mordida forte. Assim como os predadores modernos – orcas, focas-leopardo e crocodilos – fazem hoje.
Com informações da Science News e Live Science.