No cenário sombrio do Ground Zero, os trabalhadores do 11 de setembro enfrentaram a difícil tarefa de limpar os destroços dia após dia. Em meio a essa devastação, eles se depararam com uma descoberta surpreendente um mês após o início de seus esforços: os restos carbonizados de uma Pyrus calleryana. Essa árvore havia sido plantada na década de 1970 no local do World Trade Center e forneceu sombra e habitat para humanos e animais selvagens durante décadas.
Quando foi encontrada, a árvore tinha apenas algumas folhas brotando de um único galho, com as raízes arrancadas e os galhos quebrados e queimados. Apesar de sua péssima condição, os trabalhadores estavam determinados a salvá-la.
O caminho da árvore para a recuperação
A árvore danificada foi transferida para o Van Cortlandt Park para convalescença, sob os cuidados do Departamento de Parques e Recreação da Cidade de Nova York. Embora houvesse dúvidas sobre sua sobrevivência, a árvore se mostrou resistente. Na primavera de 2002, brotaram novas folhas e até mesmo um ninho de pombas foi colocado em seus galhos.
Em 2007, Ronaldo Vega, contratado como gerente de projetos especiais, procurou essa árvore. Relembrando seu primeiro encontro com ela, ele diz: “Eu me apaixonei por ela assim que a vi. Ela era uma lutadora. Nós sabíamos que ela voltaria para cá”.
Após nove anos de recuperação no Bronx, a “Árvore Sobrevivente” estava pronta para voltar para casa. Em dezembro de 2010, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, liderou uma cerimônia de plantio da árvore em sua nova casa no National 9/11 Memorial & Museum. A árvore, embora marcada, mas robusta, agora prospera nesse espaço solene repleto de memórias e vida.
“Membros novos e suaves se estenderam dos tocos retorcidos, criando uma demarcação visível entre o passado e o presente da árvore”, observa o Museu. “Hoje, a árvore é um lembrete vivo de resiliência, sobrevivência e renascimento.”
A “Árvore Sobrevivente” hoje
Hoje, a “Árvore Sobrevivente” se tornou uma espécie de santuário. Ela oferece sombra aos transeuntes e lar para pássaros, ao mesmo tempo em que serve como um potente lembrete de resiliência diante da destruição. A presença dessa árvore em uma área que constantemente nos lembra do que não está lá traz a vida de volta ao Ground Zero de uma forma única.
A “Árvore Sobrevivente” continua a prosperar, sendo testemunha do passado e, ao mesmo tempo, um testemunho de resiliência e sobrevivência. Sua existência é uma conexão direta e viva com o que já existiu e continua a viver como um símbolo de renascimento em meio à destruição.