Caçador é morto por elefante e comido por leões na África

Milena Elísios

Autoridades do Parque Nacional Kruger, localizado na África do Sul, confirmaram a morte de um caçador de rinocerontes no início de abril deste ano.

Sua morte, contudo, veio à tona depois que um comunicado do Parque se difundiu nas redes sociais. A causa da morte acabou atraindo atenções.

No dia 2 de abril, cinco caçadores de rinocerontes foram à caça quando um deles não retornou dessa prática ilegal, após ser morto por um elefante. A família desse indivíduo que não retornou para a casa contatou as autoridades do Parque e guardas florestais foram à sua procura.

Após procurarem o desaparecido a pé e em um avião, os guardas conseguiram localizar o indivíduo. Ao menos, partes dele. Acabaram descobrindo, também, que leões se alimentaram de seu cadáver, deixando para trás somente o crânio e suas calças. Nessa busca, os guardas acabaram por conseguir prender os outros caçadores.

Essa notícia foi compartilhada no Twitter, juntamente com comentários como “karma” e “finalmente, algumas boas notícias”.

Apesar das redes sociais terem recebido essa notícia com felicidade, apesar do fato trágico de que as caças ainda continuarão, senão por ele, mas por outros, ambientalistas reagiram ao ocorrido com consternação, visto que a morte de um caçador não trás paz para os animais daquele habitat, que sofrem ameaças todos os dias.

“A morte deste caçador furtivo causou redução na demanda por chifre de rinoceronte?” tuitou Sabah Ibrahim, naturalista e educador ambiental. “A pessoa do outro lado da transação sofreu alguma coisa? Não. Então não há ‘karma’.”

“A demanda por chifre de rinoceronte vem de consumidores extremamente ricos que quase nunca enfrentam qualquer forma de justiça, e os próprios caçadores furtivos são, na maioria das vezes, pessoas desesperadas existentes na esmagadora pobreza pós-colonial,” disse Ibrahim.

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