Uma espécie particularmente impressionante foi identificada pela primeira vez em uma mina abandonada na região de Baja California Sur, no México. Essa aranha gigante recebeu o nome científico Califorctenus cacachilensis e é parente próxima de uma das aranhas mais venenosas do mundo, a aranha-armadeira brasileira, Phoneutria fera.
“A primeira evidência que encontramos dessa espécie foi um exoesqueleto”, disse Jim Berrian, entomologista e um dos autores da descoberta, em um comunicado.
Embora não seja tão perigosa quanto sua parente brasileira, essa “aranha mineira” compensa sua toxicidade reduzida com seu tamanho impressionante. Com cerca de 10 centímetros de envergadura e um corpo curto de 2,5 centímetros, ela tem aproximadamente o mesmo tamanho que uma bola de softbol. Sua estrutura corporal plana permite que ela se movimente facilmente pelas paredes das minas abandonadas enquanto caça suas presas.
Embora a descoberta dessas aranhas gigantes seja fascinante, é estranho pensar que elas não tenham sido identificadas antes. As minas abandonadas também foram habitadas por mineiros no passado, o que sugere que eles já conviviam com esses gigantes aracnídeos sem nunca perceber sua presença.
Outras aranhas adaptadas para viver em locais escuros
Além das “aranhas mineiras”, existem outras espécies adaptadas para viver em ambientes escuros e remotos como cavernas e minas. Um exemplo são as aranhas-das-cavernas, Meta menardi, que usam suas teias para capturar presas. Essas aranhas não têm o tamanho impressionante das “aranhas mineiras”, mas são caçadoras eficientes.
Algumas aranhas evoluíram tanto para viver em locais escuros que desenvolveram órgãos sensíveis à luz reduzidos ou até mesmo perderam completamente a visão. Recentemente, foram descobertas sete novas espécies de aranhas troglóbitas do gênero Tegenaria nas cavernas de Israel. Cinco dessas espécies apresentavam olhos reduzidos e as outras duas eram completamente cegas.
Se a ideia de encontrar aranhas gigantes em minas abandonadas faz você se sentir desconfortável, a melhor solução é manter distância desses habitats naturais. Deixar esses locais intocados é fundamental para preservar a vida selvagem e garantir que essas espécies possam continuar vivendo em paz.
