Para sobreviver sob cerco, cidade Metrópolis dependia de cisternas gigantescas

Amanda dos Santos
A cidade de Metrópolis possui estruturas de várias épocas. Este teatro data do período helenístico. (Domínio público via Wikimedia Commons)

Para uma cidade sitiada, o maior perigo está na falta de suprimentos de necessidades diárias. Agora, os arqueólogos descobriram uma chave para a sobrevivência dos cidadãos de Metrópolis, uma cidade na atual Turquia, durante a era bizantina e cheia de conflitos.

Eles encontraram quatro cisternas enormes capazes de transportar 600 toneladas de água coletivas. O relato veio do Hürriyet Daily News e da equipe chefiada por Serdar Aybek, arqueólogo da Universidade Manisa Celal Bayar. As estruturas estavam conectadas e enterradas sob 7 metros de terra.

Sobrevivência na cidade turca Metrópolis

Construída durante o final do período romano e no início do período bizantino (cerca de 284 a 750 DC), as cisternas ficavam situadas na acrópole murada – a parte mais alta da cidade. Outras fontes de água localizadas nas partes baixas da cidade estariam inacessíveis enquanto os moradores permanecessem em épocas de ataques.

Assim, Aybek disse ao Demirören News Agency (DHA) que todos estão entusiasmados em abrir uma nova porta para a vida cotidiana dos povos antigos que viviam na região há 1.500 anos. A reportagem segue de acordo com o Daily Sabah em inglês. Por isso, “a nova descoberta de quatro cisternas na acrópole prova as habilidades dos antigos mestres de Metrópolis no campo da engenharia hidráulica”.

cidade Metrópolis, na Turquia
A antiga cidade está localizada no oeste da Turquia. (Domínio público via Wikimedia Commons)

O arqueólogo acrescenta que as cisternas de três andares são as estruturas mais bem preservadas encontradas na cidade antiga. Eles provavelmente forneceram água para uma casa de banho próxima, além de atender a outras necessidades.

Metrópolis, localizada na província de Izmir, no oeste da Turquia, existiu durante um longo período da história. Estabelecido no século III aC, o assentamento – também conhecido como a “Cidade da Deusa Mãe” – guarda artefatos que abrangem o período neolítico, helenístico, romano e bizantino até o tempo do Império Otomano.

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