A NASA recentemente nos presenteou com uma imagem espetacular de um raio verde cintilante na atmosfera de Júpiter. Capturada pela sonda Juno durante sua 31ª passagem pelo gigante gasoso em dezembro de 2020, essa foto única foi processada pelo cientista Kevin M. Gill.
O relâmpago, apesar da estranheza, não é exclusivo da Terra. Ele também ilumina as tempestades em outros planetas do Sistema Solar. O exemplo mais fascinante provém de Júpiter e seu caos atmosférico de nuvens rodopiantes e tempestades gigantes.
Juno estava a 32 mil quilômetros acima das nuvens jupiterianas quando registrou o surpreendente raio verde próximo ao polo norte do planeta, à latitude de 78 graus. Curiosamente, a coloração verde do raio pode ser alterada pelo processamento das cores.
Na Terra, partículas atmosféricas podem mudar as cores dos raios, produzindo tons azulados ou lilases nas tempestades vulcânicas — isso poderia estar acontecendo em Júpiter também.
Apesar dos relâmpagos terrestres e jupiterianos compartilharem o mesmo princípio básico — descargas elétricas potentes dispersando-se pelas nuvens -, eles se formam sob condições ligeiramente diferentes.
Em Júpiter, a composição das nuvens inclui amônia e água, e os relâmpagos ocorrem principalmente nos polos. Aqui na Terra, nossas nuvens são feitas de vapor d’água e os raios têm maior incidência no equador.