De acordo com a Britannica, o sono é “um estado normal, reversível e recorrente de responsividade reduzida a estímulos externos acompanhados por mudanças complexas e previsíveis na fisiologia”.
Em 2000, estudos conduzidos com moscas-das-frutas concluíram que os insetos dormiam, quando dois grupos separados de pesquisa descobriram que moscas adormecidas eram mais difíceis de assustar do que as acordadas.
Isso ocorre também com baratas, insetos louva-a-deus e abelhas, que inclusive têm um “aumento no limiar de excitação” durante o sono. Baratas, inclusive, até dobram suas antenas na hora de tirar um cochilo, como forma de proteger esses órgãos sensíveis e delicados durante o descanso.
O que ocorre durante o sono dos insetos?
Os insetos possuem um sistema nervoso central, uma característica básica nos organismos que podem dormir. Eles também possuem ritmos circadianos, um padrão de sono e vigília, ainda que a natureza desse padrão dependa de acordo com a espécie.
A existência de um relógio circadiano interno foi demonstrada primeiramente com a barata Leucophaea maderae. A origem de suas células foi rastreada até que, eventualmente, os pesquisadores conseguiram alterar o seu ritmo circadiano, transplantando a parte específica do cérebro de outra barata, que tinha sido treinada num ritmo diferente.
Os ritmos circadianos de espécies como abelhas costumam mantê-las despertas durante o dia, e em descanso pela noite. Durante o descanso, as abelhas se movem menos, têm redução no tônus muscular, aumento no limiar de reação e redução na temperatura corporal — quatro fatores do sono que são iguais aos de mamíferos e aves.
Mas e quando eles não dormem?
As moscas das frutas já exibiram um comportamento onde a privação do sono leva a um aumento da necessidade de dormir. As pesquisas descobriram que essas moscas precisam compensar pelo sono perdido, e então dormir mais do que as suas colegas que descansaram no tempo correto.
Efeitos negativos oriundos da privação do sono também foram encontrados em abelhas, num experimento que usou um dispositivo com ímãs, que empurrava as abelhas que tentavam dormir. As que permaneciam despertas ficavam agitadas.
Há insetos que não dormem?
Provar a ausência de sono é algo difícil, e existem insetos sobre os quais ainda não conseguimos uma confirmação. Borboletas, por exemplo, descansam, mas uma bióloga da Oregon State University, afirmou que “não sabemos se elas dormem”.
Borboletas, contudo, estão dentre os diversos insetos que param de se mover quando o tempo fica muito frio, um estado protetivo chamado de torpor, que é diferente do sono. Insetos também hibernam como forma de sobreviver ao inverno, algo que já foi visto, por exemplo, em joaninhas.