Em uma antiga estação meteorológica, abandonada em 1991 com o fim da União Soviética, 20 ursos-polares vivem agora. Em uma expedição com mais de 2.000 km, o fotógrafo russo Dmitry Kokh capturou imagens impressionantes dos ursos vivendo nas residências abandonadas da estação.
No seu site profissional, e também no Instagram, Kokh compartilha as fotos dos 20 ursos polares. O fotógrafo registrou, nesse sentido, animais nas varandas, janelas e jardins, o que faz a situação toda parecer meio fantástica.
Em setembro de 2021, em pleno verão russo, Kokh embarcou em um barco a velas em busca de fotos de ursos-polares. Em uma viagem de mais de 2.000 km, o destino do fotógrafo era a Ilha Wrangel e suas pequenas ilhas satélites. O arquipélago é uma reserva natural e Patrimônio Cultural reconhecido pela UNESCO.
Na pequena Ilha Kolyuchin, dentro da reserva, ficava a antiga estação climática soviética. Ali, portanto, Kokh observou com surpresa os ursos se movendo dentro das casas e nos arredores.
“Nós vimos algum movimento na janela dessa estação climática – e então nós vimos que era um urso,” diz Kokh ao Live Science. “Nós vimos um, então vimos outro e então 20 deles. E todos estavam dentro dos prédios.”
Como filmar tantos ursos-polares em segurança?
Quem vê as fotos de Dmitry Kokh pode pensar que ele e sua equipe foram, de fato, até a estação e tiraram as fotos pertinho dos ursos. Contudo, o fotógrafo na verdade usou um drone adaptado para registrar as imagens.
O drone tinha, portanto, hélices adaptadas para a redução de ruído, de forma a evitar que os animais se estressassem. “Ursos-polares são caçadores muito espertos – e às vezes astutos,” diz o fotógrafo. “às vezes eles fingem não estar olhando para você, e eles estão relaxados; nesse momento eles estão prontos para atacar.”
Um guarda florestal da reserva também estava com a equipe, vale comentar, carregando sinalizadores e um rifle, no caso de quaisquer incidentes. Felizmente, os ursos foram bastante pacíficos com o drone, o que gerou imagens incríveis e espontâneas.
Na viagem para as ilhas a equipe também notou quantidades incomuns de gelo no oceano para o período de verão. Isso pode ter feito os animais ficarem na região ao invés de explorarem regiões mais ao norte.
“Nunca antes eles foram vistos naqueles prédios, então foi uma situação única em uma vida.” diz Kokh em seu site.